Cansadíssima. Apesar do meu ramo ser diferente, tenho tratado as empresas que contratam a editora, tão mal quanto o analista de Bagé tratava seus pacientes. O duro é que meu joelhaço não tem surtido efeito. Eles devem ser sádicos porque, mesmo com todas as patadas, não param de mandar coisas pra gente fazer. E sempre, óbvio, com prazos horríveis. Há meses que eu não tenho um mísero fim de semana de gente normal… Sabe lá o que é isso? Essa casa parece o Japão! Se vacilar, com linha de produção até no banheiro. Nunca vi coisa igual, juro.
Eu sei, eu não devia reclamar. Ainda mais com essa merda de medo que eu tenho de morrer pobre, louca e Maria dos Pacotes. Não, um medo só não me basta. Tudo que é coisa ruim, pra mim, vem em kit. Pra piorar, ontem, depois de um dia inteiro sem comer, fui jogar uns bolinhos de aipim na frigideira e o óleo quente assassino pipocou na minha cara. Eu sei, eu sei… Óleo quente e porcarias congeladas acabam no Hospital Defeitos da Face, eu sei. Segundo maridon, eu sou uma mulher de sorte. Mais alguns milímetros e, ao invés de mais uma cicatriz, eu teria perdido a vista direita. Como se a míope aqui tivesse vista direita! Como se a cota para cicatrizes já não tivesse extrapolado! Agora tenho que convencer o André Dahmer a fazer o lançamento dos Malvados em Setembro ao invés de no final de Agosto. Como é que eu vou sair por aí com essa cara de Bandit do Jonny Quest? Bah! Ódio. Alguém tem remédinho bom pra clarear (rápido!) cicatriz?

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Escrito pela Alê Félix
5, agosto, 2005
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Nem pra isso!
Se fosse um caso de vida ou morte, eu teria morrido. Espero que sintam culpa.



Escrito pela Alê Félix
4, agosto, 2005
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Semana retrasada, já por conta do tédio, reclamei com a terapeuta (junguiana) que a gente estava quase virando amigas e que eu estava pagando pra gente papear. Não que isso fosse ruim, mas eu queria um processo mais over, queria mudança de atitude. Ela, por sua vez, disse que, então, mudariamos a coisa toda pra terapia comportamental. Eu concordei e ela me deu duas semanas para que eu pensasse em três defeitos e três qualidades do meu pai e mais três defeitos e três qualidades da minha mãe, que eu identificasse em mim também. Parece fácil, não parece? Pois é, duas semanas se passaram e eu lembrei agora que a lição de casa é pra daqui uma hora e meia e eu não pensei em nada. Vocês não querem me ajudar falando sobre vocês, não? Digam aí os defeitos e qualidades genéticos que vocês têm. Eu vou colar.



Escrito pela Alê Félix
3, agosto, 2005
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É impressionante como, até hoje, aparece gente por aqui pedindo o final da saga… Eu agradeço, Silvana. De coração. É muito bonitinho da sua parte. Mas, me digam, que diabos vocês viram naquela história? Eu juro que não entendo. Aliás, deletem de suas cabeças o último post dela. Decidi parar de inventar história e contar o final como ele foi de verdade. Blá, blá, blá… Eu sei. Eu não ia contar o que aconteceu no final verdadeiro porque o final verdadeiro depõe contra mim. Sim, depõe mais. E eu não gosto de falar mal de mim quando o mal ainda mora dentro deste cérebro que me possui. Blogs costumam ser um filtro do que a gente tem de melhor e não uma vitrine para defeitos incuráveis como isso aqui se tornou. Bah! Vou terminar o raio da história. Em breve. Prometo.
Falando em prometer, estava agora pouco assistindo o depoimento do Zé Dirceu. Eu tenho uma simpatia tão grande por sotaque… Não sinto só simpatia, também sinto outras coisas por um bom sotaque. Por exemplo, o sotaque acaipirado do Zé me faz sentir confiança no que ele diz… Mas é claro que minha confiança não se aplica a políticos (independente de quem seja e de qual partido seja) porque eles falam vossa excelência demais e é impossível levar a sério alguém que diz vossa excelência, excelentíssimo e nobre fulano de tal. Se eu sofresse uma CPI e ficassem me chamando de vossa excelência, eu confessaria qualquer crime. Vossa excelência é o fim da picada! Nenhum ex-exilado merece mais tortura do que já viveu. Tadinho do Zé…
Mas, voltando a vaca fria, o resultado do concurso capa do livro Blog de Papel só será divulgado no dia do lançamento do livro, no local onde ele será lançado. Será a minha chantagem para fazer você tirar a bundaça da cadeira e ir até lá me dar um beijo. Beijo não custa. Não precisa ir e comprar o livro, só me dar um beijo, dizer que me ama, não vive sem mim e que, assim que deixar de ser pão duro(a), comprará os livros que publicamos porque eles são bons de fato e porque você confia em mim, mesmo eu não tendo sotaque caipira (sempre que eu morro de tédio eu fico assim carente). Aliás, eu não tenho sotaque nenhum. Paulista não tem sotaque. Paulista fala igual ao pessoal que apresenta telejornais. Podem dizer o que quiserem, eu não tenho sotaque.
Ah! Marcelo, desocupada é a vovozinha! Eu trabalho quinze horas por dia. Meu tédio é emocional. Ando com a vida toda certinha e acho isso um pé no saco. Tenho que ficar procurando sarna pra me coçar, nada de “do caralho” acontece, nada me sacode, nada revira meus pensamentos do avesso, nada – além de enfiar o dedo na tomada – me dá choque. Depois ninguém entende porque eu sou tão amarrada à adolescência. Se você tem menos de vinte anos prepare-se: a vida da gente acaba aos vinte e um. Minto. Tem gente que morre aos quatorze e passa o resto dos dias zumbizando atrás de brinquedinhos, colinho de mamãe, gangorras e palhaçadas. Outros, como é o meu caso, morrem com vinte e um anos e se tornam adolescentes insatisfeitos, irresponsáveis e inconseqüentes em busca de uma dose qualquer de adrenalina. E tem a galera que não morre, mas que nasce com setenta anos. Esses passam a vida com tudo sob controle e vivem velhos e chatos por toda a sua vasta eternidade. Não se iludam achando que existem variáveis nessa minha teoria. Ou você morreu com quatorze anos (segundo retorno de Saturno e fim da sua infância), ou com vinte e um (terceiro retorno de Saturno e final da sua adolescência), ou nasceu com setenta anos (fase onde o retorno de Saturno não acontece mais porque ele fica com medo de voltar e ser espancado pela rabugice) e está sentado com a boca escancarada de dentes esperando a morte chegar. Bem como dizia Rauzito que, certamente, também morreu aos quatorze.



Escrito pela Alê Félix
2, agosto, 2005
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Existe alguma droga contra tédio? Se alguém responder que coragem resolve o problema, terá o IP banido.



Escrito pela Alê Félix
2, agosto, 2005
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Neste domingo, no Guia Leia Mais que foi encartado na Folha de São Paulo e será distribuido em todas as livrarias da rede Siciliano, saiu, entre outros títulos, o livro
Balde de Gelo e o O Jogo do Eu.
Acabei de ver. Agora vou procurar uma outra matéria que, coincidentemente, falam do Marco Aurélio, co-autor do Balde de Gelo. Satisfação dupla.



Escrito pela Alê Félix
1, agosto, 2005
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O prazo para o concurso Capa do Livro Blog de Papel acabou. Obrigada a todos os participantes. Cada um de vocês ganhará um presente da nossa editora, independente do resultado do concurso. Para recebê-lo, basta me enviar um e-mail – ale@alefelix.com.br – com seu nome completo, endereço e telefone pra contato.
Quem perder, também não precisa desanimar. O livro Blog de Papel não deve parar por aqui. Outros autores virão e todas as capas dessa edição concorrerão ao concurso para um segundo livro que esperamos que aconteça. Se você não for o escolhido dessa vez, poderá ser na próxima.
A capa vencedora só será divulgada no dia do lançamento do livro em São Paulo. Antes disso, o único resultado que vocês terão acesso é o da enquete que preparamos. A escolha será feita através dos votos dos autores, o meu e o de vocês. Todos terão o mesmo peso, por isso pensem bem antes de votar. Estou confiando no olho de cada um. Domingo, às 22 horas, somaremos os votos. Depois disso, espero encontrá-los no lançamento.

CLIQUE AQUI, ESCOLHA SUA CAPA E VOTE!

Ah! Por favor, se puderem, gostaria que vcs divulgassem a URL da enquete em seus blogs e pedissem para as pessoas votarem. Assim, a votação será mais expressiva e menos tendencial. Obrigada novamente.



Escrito pela Alê Félix
29, julho, 2005
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Todas as capas enviadas estão aqui. Se você enviou sua capa e ela não está postada, envie um e-mail urgente com o arquivo e os seus dados anexos para: ale@alefelix.com.br
Como muitas capas chegaram de ontem pra cá, muitas foram postadas em cima da hora e vão ficar com poucos comentários. Acho que seria bem legal para os participantes se vocês dessem suas opniões sobre o trabalho deles. A maior parte do pessoal está começando agora e, bem ou mal, o que vocês acham pode ser um bom retorno. Obrigada de coração pela participação de todos (concorrentes e leitores).
Em breve, mais novidades.
😉

Capa feita pelo Hélio Carvalho Jr.


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Clique aqui para votar.



Escrito pela Alê Félix
28, julho, 2005
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