Depois daquele final (horroroso!) de Mulheres Apaixonadas, eu jurei que não assistiria mais novelas. Jurei, mas no fim de semana, eu tive uma revelação. Lembrei de um dia que eu e uma turma estávamos em uma mesa discutindo uma dessas brigas bestas virtuais e a Daniela Macedo brilhantemente disse que aquela briga toda, entre os envolvidos, era falta de novela. Pensei: “É isso! Esse meu humor (horroroso!) é falta de novela, claro!”. Não deu outra, segundona e eu lá, em frente a TV tentando pegar o bonde de América. Dois minutos depois, eu bem que tentei, mas lá estava eu constatando que meu caso não tem mais solução… Agora, me diz: aquilo é ou não é uma versão global de Pantanal misturado com Ana Raio e Zé Trovão? Até as musiquinhas! Definitivamente, nem pensar em voltar com as novelas. Meu humor vai continuar igual a criatividade que rola naqueles bastidores.



Escrito pela Alê Félix
14, abril, 2005
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Recebi esse vídeo por e-mail há algum tempo. Deve ter sido spam, mas era desses spans tão, tão, tão… Deixa pra lá. É de morrer de inveja. Mordam-se. Quer dizer, beijem. Melhor.



Escrito pela Alê Félix
14, abril, 2005
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Olha como eu sou lesada! Só vi hoje o babado, mas veja que beleza: Pelo terceiro ano consecutivo, eu me mato em um post de primeiro de abril e, esse ano, “minha morte” virou até notícia. Com o título DEFUNTINA, FINADINA & OUTRAS ESQUISITICES (lindo!), Gravatá, colunista do Globo On Line, me mandou seu beijo e, de quebra, um parabéns para a Daniela Abade (Depois que Acabou) e o Marco (co-autor do Balde de Gelo).
Obrigada, queridão! 😉
Não tem como linkar a notícia, tem que ir até lá e procurar o que ele escreveu no dia 02 de Abril.



Escrito pela Alê Félix
13, abril, 2005
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Vou contar um segredo… Assim fica mais fácil entender os posts baixo-astral e os sem-pé-nem-cabeça. A coisa funciona mais ou menos assim: eu sou viciada. Um vício terrível que me deixa péssima nas fases de abstinência. Você pode achar que é viadagem minha, mas não há muito que se possa fazer pra resolver isso. Sou uma viciada em ilusões. Blá, blá, blá, vá gozar a vovozinha, Jaime. É a mais pura verdade. Talvez, a minha maior verdade. Quando não há nenhum sonhozinho com cara de impossível, nenhum téco de paixão fervilhando na minha mente; eu perco a vontade de arriscar, a vida bege entra em ação, eu me transformo na coisa chata, chorona e reclamenta que eu detesto e nada, nada mais tem graça. Se não há nada pra querer, não há muito o que viver. É assim que a fase de abstinência me parece. Deu pra entender um tiquinho? Acho que deu. Todo mundo tem um pouco disso, mas tem gente que lida melhor com a falta de conquistas. Eu, sofro. Sofro e sinto uma falta desgraçada de coisas arrebatadoras.
Mas agora estou na fase do luto. A fase onde sou obrigada a ver onde foi que eu errei e blá, blá, blá… Detesto essa parte. Acabo transformando todo sonho bonzinho em titica de galinha. Aí é que dói pra lascar… Dói, mas também passa. Pior do que doer é realmente não acontecer nada. Se eu for pensar direito, os lutos são fases até interessantes. Além do mais, o pior deles durou vinte e um dias e o mais ligeiro duas horas. Sendo assim, me ignore quando eu reclamar deles. Ria da minha cara de fracote toda vez que eu estiver nesse estágio. Ria, mas não me peça pra não sofrer o lutinho das minhas migalhas de ilusões! Duas ilusõezinhas muito gostosas morreram recentemente e, por elas, vou me afundar no trabalho um pouco mais. Há quem se recupere com bombas de chocolate, eu me recupero ganhando… Nem que seja dinheiro (para aqueles que disserem que minha mania de trabalho é uma fuga: vão a merda. Meu trabalho é um jogo. Se não fosse, seria muita falta de criatividade usá-lo para voltar a me divertir com meus sonhos que, às vezes, até se tornam realidade, mas, muitas vezes, nascem e morrem somente dentro de mim.).



Escrito pela Alê Félix
13, abril, 2005
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Pronto. E lá se vai a vontade de blog para o brejo novamente.



Escrito pela Alê Félix
11, abril, 2005
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Se eu contar pra você a quantidade de vezes que eu deixei de viver alguma história só porque olhei no espelho antes de sair de casa e comecei a chorar por causa do meu nariz, você certamente não acreditaria. Sim, esse mesmo nariz aí do template. O desenho? O desenho quem fez foi um foi um rapaz lá do sul. Fez o desenho e uma bolsa que eu ainda não recebi porque até hoje não me decidi sobre o tamanho da alça que ela deveria ter. Eu explico: é que a bolsa viria com o desenho do template estampado no tecido e eu só pensava no tamanho da vergonha que sentiria se andasse por aí com a minha cara a tiracolo. Acabei não mandando o tamanho da alça, ele não mandou a bolsa e a vergonha não cresceu. Tamanho, tamanho, tamanho… Quanta coisa a gente deixa de fazer e ter porque acha que não nos cabe? Meu nariz me parecia enorme antes do desenho. Pensei até em operá-lo aos dezesseis. Aliás, até os dezesseis, todos os meus defeitos eram enormes. E eles eram tão menores… Talvez eles nem fossem; talvez só existissem na minha cabeça, talvez fosse só o espelho lá de casa.
Dia desses achei um site pessoal que fiz em 1998. Eu queria aprender um pouco de HTML, o FrontPage era facinho e a Gênese ainda era uma empresa de brincadeira. Juntei fotos, idéias bestas, fotos sépias, fotos da pasta amarela, imagens roubadas e lembranças escaneadas. O site até que ficou bonitinho, mas foi o primeiro e o último. Hoje em dia, olhando pra ele, acho que aquilo foi um exercício de vaidade mais do que um exercício de HTML. Sim, eu sei. Ele é narcisista pra caralho. Cheio de eu, eu, eu. A gente tem que estar muito cego para a própria história pra falar tanto de si próprio. Ou foi isso, ou era só uma fase triste… Mas será que a tristeza também não é só mais um tipo de cegueira? Não sei. Mas voltando ao desenho e ao nariz, eu queria afiná-lo e deixá-lo arrebitado. Também já havia cogitado fazer o mesmo com a minha bunda. Não arrebitá-la, mas afiná-la (neta de mulata, se arrebitar mais, encosta na nuca). Meu quadril e meu nariz eram a minha desgraça… Culpando eles eu perdi a festa do barco, a despedida do Kiko, os dezessete anos da Ieda, o casamento sério da Marilu, duas viagens da turma da escola, meia dúzia de encontros e uma dúzia e meia de noitadas e roubadas que duraram para sempre na vida dos meus amigos. E tudo por conta da fixação estúpida de que o meu nariz estava maior do que a minha cara ou de que a bunda estava maior do que a televisão (é que, enquanto me vestia pra sair, eu via a minha imagem refletida no vidro da tevê. Eu devia ter enganado minha consciência e tirado a tevê do quarto, mas era tão dura comigo mesma que acabava afundando o nariz no travesseiro e ficando o resto da noite chorando e pensando nas dietas e plásticas que mandariam aqueles excessos pras cucuias.). Como eu era imbecil… Nunca, naquela época, eu poderia imaginar que, no futuro, minha bunda ficaria duas vezes maior e meu grau de exigência com defeitos, cinco vezes menor. Pode parecer estranho, mas não é. Com o tempo, acredite, o espelho fica mais nítido e começamos a nos dar conta de que ninguém é tão feio assim, que o conjunto faz mais sentido do que os detalhes e que era só não ter deixado a bunda virar uma widescreen. Teria sido simples se eu tivesse mais atenção ou se o espelho fosse tão bom quanto o desenho desse menino lá do sul (perdi seu e-mail e telefone no último pau do computador. Apareça. Preciso agradecê-lo por você ter feito eu enxergar meu próprio nariz).
Agora, depois de anos criticando o pobrezinho, vamos falar sério? Que puta nariz lindo! Ele é bonito pra cacete do jeito que é – meio grande é verdade. Grande e bonito. Assim como a bunda vinte e nove polegadas era aos dezesseis. Mas não, eu não enxergava nada direito. E acabei perdendo as contas de quantas vezes eu preferi encontrar desculpas para me esconder, do que encontrar coragem para conviver em paz com a minha cara.
Como eu queria ter ido na festa do barco…
Obs.: Os textos que estão no link “discutindo a relação” são de autoria da escritora Gisela Rao (que, aliás, eu adoro de paixão). O site foi feito e nunca foi finalizado. Tem várias coisas perdidas e mal acabadas, não o levem a sério.



Escrito pela Alê Félix
9, abril, 2005
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Nessa quinta-feira, dia 7 de abril, não deixe de perder a ridícula
aparição do grupo Libera o Badaró no bizarro programa Gordo Freak Show da MTV, dublando Jesus Negão nos figurinos mais “ousados” da história da TV e da música brasileira.
Ganha um Velotrol e um G-Shock quem assistir o programa inteiro.
O Gordo Freak Show começa às 22h, mas o Libera o Badaró aparece no
terceiro bloco, lá pelas 22h30.
Enfim, avisem os amigo e os inimigos.
Inté mais.
___Márcio Nigro_________________________________________
Esta é uma cópia do e-mail que o Marcio Nigro enviou para os amigos e fãs da banda. Eu já falei dos meninos do Libera o Badaró aqui antes. Quem não conhece, tai uma boa oportunidade. Se perder, vai ter que esperar pela festa de lançamento do CD (O CD será lançado por nós, em breve. Quem disse que uma editora só pode apostar em livros?).
Bom, é isso. Eu bem que queria fazer um post decente sobre esses meninos, mas estou um cacaréco hoje. Descobri o porquê do meu cansaço e dessa sonolência permanente: anemia. Sim, sim… gordinha e anemica. Eu sei, parece piada. Fui.



Escrito pela Alê Félix
7, abril, 2005
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Como eu sou pagã, posso pecar à vontade porque minha alma está condenada até o dia que eu me batizar, certo? Acho que sim. Ouvi um papo desses quando eu era criança e adotei. Graças a esta história, eu bolei um plano para entrar no céu, mesmo se eu me acabar de fazer coisas erradas na Terra. Vou pecar os meus pecados preferidos até o meu nariz fazer bico e, antes de morrer, eu me batizo. Como é que eu vou saber o momento de me batizar? Eu sei quando será. E não me pergunte como eu sei. Eu simplesmente sei, e não sei explicar como. E não adianta fazer essa cara de duvide-o-dó! Eu tanto sei, que vou fazer questão de deixar avisado. Assim evito ficar irritada com o zumzumzum no purgatório. Não quero ninguém avermelhando a minha orelha e dizendo que eu era uma abilolada papuda que se mandou sem mostrar os superpoderes que dizia que tinha. Mas vamos com calma… O que é que eu estou escrevendo? O título do post não tem nada a ver com a minha salvação e sim com as bobagens que os celibatários dizem. Na verdade, o que eu queria saber é por que diabos tanta gente decidiu pagar um pau danado para aquele velhinho dondorô* que ficava mandando o povo parar de transar pra evitar filho? O cara escolhe não apalpar ninguém e a gente que paga o pato? Convenhamos, pedir isso para um bicho que está condenado a uma estimativa de vida de mais ou menos setenta anos é, no mínimo, pecado top five. Não dá pra levar alguém que diz isso a sério, nem que ele tivesse salvado o planeta em algum momento da sua existência.
Confiem na tia Alê: nada de dar ouvidos para essa lengalenga papal. A atração física pode levar ao sexo, o sexo à paixão, a paixão às confusões, as confusões à necessidade de comunicação e a comunicação à amizade, que é a única coisa nessa vida que não pesa na bagagem (a ordem dos acontecimentos pode alterar o resultado, mas isso não interessa nesse post). No mais, é só usar camisinha por diversão, pílulas por fé e marcha a ré se você beber e perder o juízo.
* Dondorô: expressão usada pela minha sogra para se referir às pessoas que envelhecem até um certo ponto, param de envelhecer e não morrem nunca. Sabe como é? Aquele povo que tá mais pra lá do que pra cá, já virou o cabo da Boa Esperança, mas não vai de jeito nenhum. Exemplo: Xii, aquele lá virou dondorô.



Escrito pela Alê Félix
6, abril, 2005
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