Aposto quanto vocês quiserem que eu sei qual é o plano desses caras. Eu vou, mas antes vou contar o que vai acontecer na festa do copo vermelho. Paguem um pau pra gênia aqui (rss):
Os caras querem lançar alguma bebida, criaram toda uma campanha pra deixar a blogosfera curiosa e vão bancar comida e bebida (que é, obviamente, o maior chamariz da classe média).
Durante a festa, em copos vermelhos, será servida a tal bebida. Conversaremos, daremos risada, encontraremos amigos, faremos novos amigos e no dia seguinte – “voilá”! – todos nós escreveremos em nossos blogs sobre a noite anterior e, conseqüentemente, o que tinha no copo vermelho.
Exemplo: na lista, foram citados 155 blogs. Se a média de visitas diárias dessa lista for de duzentas pessoas por blog (que sabemos que é pouco), os caras vão conseguir mais de trinta mil visualizações diárias enquanto os posts estiverem no ar. Fora linkagem e o diabo a quatro que dá bom posicionamento nos sites de busca e podem ser interessantes para o resto da campanha.
Vamos lá, vamos lá… Apostem comigo, please! rssss
E digo mais! A idéia da festa foi do Cocadaboa. O Manson jamais diria algo do tipo: “Exclusiva para blogueiros? Tô dentro! Esse é o típico evento que lota de mulher gostosa!”. Convenhamos: mulheres que escrevem podem ser qualquer coisa, menos gostosas. E ele sabe disso! OK, que venha a chuva de ataques das “blog-escritoras” que eu aguento. rss



Escrito pela Alê Félix
11, maio, 2006
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Tão sabendo da tal Festa do Copo Vermelho? Qual é o plano da tal agência Espalhe? Com esse nome é bem provável que queiram vender alguma coisa no final. Será que vai rolar brincadeira do copo? Oba! Tô dentro. Eu faço as perguntas pros espíritos. Falei primeiro. Grunf… Acho que não. Comida e bebida de graça pra marmanjo por que? Aposto que vai rolar venda de filtros Europa ou coisa parecida… E nada de brincadeira do copo. Droga. Só compro se rolar uns espíritos.



Escrito pela Alê Félix
11, maio, 2006
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ATENÇÃO

  O post a seguir contém cenas de violência, nudez  
e sexo e é desaconselhável a pessoas suscetíveis.
É aconselhável discrição.
 

“Querendo ou não, eu serei para sempre o seu diabinho de estimação.”…
E ela disse isso enquanto me empurrava contra o muro da fábrica… Olhou-me nos olhos com a maior cara de safada e lambeu a bíblia que eu carregava embaixo do braço e que havia colocado entre nós na hora que ela me emparedou. A mulher era a perdição… Boa pra mais de metro! Provocava e ria de mim. Mas Jesus Cristo, nosso Senhor, é testemunha de que eu desviava o olhar, que evitava a doida o máximo que podia e tentava ignorar cada pedaço de maldade que saía daquela boca. Ela, só me tentando: no ônibus, na fábrica … até na esquina lá de casa fazia cena. Na volta do trabalho, ela mudava de caminho, só pra me torturar. Morava duas ruas abaixo da minha, bem mais perto do ponto, mas dizia que precisava exercitar a parte interna das coxas. Numa dessas vezes, com a rua vazia, ela passou as mãos pelos quadris enquanto caminhava na minha frente e se arrebitou toda enquanto erguia a saia até a altura do gordinho da bunda… Para o senhor ter uma idéia, neste dia, eu cheguei a ver até um pedaço de calcinha. Nem dormi naquela noite.
No dia seguinte, de manhã, ela veio de novo. Eu estava na fila do ônibus quando ela passou por mim meio esbaforida… Até a respiração dela me perturbava. Não precisava ter dito nada, só chegar perto já era um problema. Mas, mesmo assim, ela chegou como se fosse me comprimentar e disse:
“Ontem era uma de algodão cor de rosa… Hoje estou de vermelho, hoje estou de renda, hoje estou no cio e quero ver o quanto de um bicho ainda existe em você.”.
O senhor pensa que é fácil resistir a uma coisa dessa? Eu sirvo Jesus Cristo, mas tenho um pau no meio das pernas! E ela era uma vaca de tão perversa. Uma gostosa, a minha branquelinha…
– Chorar não vai resolver o seu problema não, ô cordeirinho! Pode enxugar as lágrimas e ir desembuchando logo, vai!
– Como eu a quis de um jeito decente… O senhor não faz idéia de como eu tentei. Era tanto o meu desejo por aquela pervertida do diabo que ignorei todas aquelas sandices que ela tinha na cabeça e implorei que entrasse pra igreja, aceitasse Jesus… Que purificasse os pensamentos e casasse comigo. Eu cuidaria dela, sim senhor! Direito! Como pai de família! Não com safadeza, como a doida queria.
Teve um dia que ela se esfregou em mim… O ônibus lotado e ela se esfregando, passando os peitos pelas minhas costas, as pernas nas minhas pernas. Eu saí de lado, ela parou, mas não antes de sussurrar no meu ouvido:
“Todo o tesão que você me causa eu confesso lá na católica, sabia? E adivinha? Não há nada que eu pense em fazer entre as suas pernas que algumas Ave-Maria e alguns Pai-Nosso não me absolvam.”.
Me diz: que homem suportaria esta mulher? E nem a igreja católica ela freqüentava! Ia lá só para perturbar o pobre do padre. Eu tenho um bilhete que ela deixou no meio da minha bíblia… Está aqui se o senhor quiser ver:
“Eu me acaricio enquanto detalho para o padre o volume que eu vejo sob a sua tua calça…
– É, malandro… quanto mais temente a Deus, mais tesão pelo diabo!
– Mais respeito pelas crenças do rapaz, Almeida! Cuide de anotar o depoimento e engolir os seus comentários. O que eu não entendo é porque você matou a menina um dia antes dela aceitar de vez a sua religião. Se você sentia tanta atração por ela, se ela dizia amar você a ponto de freqüentar a sua igreja e casar do jeito que você queria, por que estourar os miolos dela?
– Foi um mês de prazeres que eu não teria com mulher alguma nessa minha vida. Julia era doce, sensual, atrevida… Uma cobra, aquela peste. Se contorcia sobre o meu corpo de um jeito que era ela que me comia, não eu. Não é fácil pra um homem, mas eu comecei a gostar dela do jeito que era. E caí de amores por aquela branquelinha… Quanto mais a conhecia, mais eu sofria pelos dias que desperdicei. Por ela, eu repensei a idéia de céu e inferno, enxerguei a minha dependência religiosa, minhas fraquezas e a resistência que sempre tive para aceitar pessoas e pensamentos diferentes dos meus. Eu me escondia atrás de uma bíblia, era isso que eu fazia. Me escondia atrás de um monte de regras estúpidas. E como eu era hipócrita…
É isso que deve ser amor, sabe? Amar deve ser se permitir mudar, repensar, recomeçar, não ter medo de errar, sentir, fazer uma ou outra bobagem em paz de vez em quando. Deve ser não ter medo de se estrepar um pouco, perder o controle… Eu amei a minha branquelinha, mas não tive coragem de largar a igreja nem o mundo que me ensinaram que era o certo. E eu sei que ela me amava também… Percebi, um mês depois do nosso primeiro beijo. No dia que ela lambeu a bíblia eu não agüentei e a beijei na nuca depois que ela virou de costas para ir embora. Aquele cabelo curtinho… A nuca sempre me chamando…
Batalha perdida, fizemos amor feito uns drogados um mês inteiro – todo santo dia, se o senhor quer saber. Até que ela inventou de ir na igreja comigo… Foi uma vez, foi outra, mais uma e, mesmo eu sabendo que ela se entediava com aquilo tudo, vi ela decidir se batizar sem dizer palavra.
– E isso não era tudo o que você queria, rapaz? Agora pouco você disse que pensava em casar, fazer a coisa direito!
– Eu disse, sim senhor… Mas foi no começo, quando tudo era só provocação dela. Depois que provei da Julia, logo percebi que eu estava perdido… que ali, o pecado era mexer a ponto de transformar a minha branquelinha em outra pessoa. Aceitando Cristo como seu salvador, mais cedo ou mais tarde ela sentiria o peso da culpa, o medo da vida… Percebi que esse negócio de amor e paixão não é pra qualquer um não, sabe? Tem que ter a mão muito leve para a vida e nenhum de nós dois tinha…
– E a sua mão pesou tanto que disparou aquele revólver seis vezes no peito da moça?
– Os senhores não vão entender nunca. Homem é bicho fraco. A gente costuma dizer que quer uma mulher que seja uma santa na rua e uma puta na cama, mas é mentira. A gente não agüenta isso, não. Puta a gente gosta se estivermos escondidos num puteiro. Mulher nossa tem que ser santa, inclusive na cama, porque senão a gente fica inseguro, não sabe se dá conta.
– Foi por isso que você matou a menina? Por que achou que não daria conta?
– Não foi, não senhor. Eu matei minha branquelinha porque eu seria incapaz de fazê-la feliz. A matei porque, mesmo sabendo disso, não suportaria saber que outro homem desfrutaria do seu sorriso. Matei porque não conseguiria ver aquela mulher que se divertia tanto com a vida, morrer ajoelhada e chorando nos bancos de uma igreja.
– Pra quem sonhava com o Paraíso, engolir uma penitenciária vai ser test-drive para o inferno. Quem diria não, ô cordeirinho? Depois vem discursar sobre o pecado…
– Não existe o pecado; existem crimes. E eu estou aqui confessando os meus.



Escrito pela Alê Félix
7, maio, 2006
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Dia 12 de Maio a Ana Maria lança o seu novo livro lá em Belo Horizonte. Veja endereço e horário clicando aqui e aproveite também para ler o que o Idelber escreveu sobre.


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Escrito pela Alê Félix
6, maio, 2006
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Duvide-o-dó que o Garotinho não anda assaltando a geladeira…



Escrito pela Alê Félix
4, maio, 2006
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E aí eu fui parar em Alto Paraíso na semana santa, mais precisamente em São Jorge, uma cidadezinha que me lembrou a Arraial D’ajuda de quinze anos atrás. Alto Paraíso, para quem não sabe, é considerado um lugar bom de fazer contatos extraterrestres e, dizem, será um dos únicos lugares do planeta que sobreviverá às grandes catástrofes.
Fui com amigos… E cheguei indisposta, mal humorada, com cólica, meio gripada e achando que seria protagonista de uma segunda versão de “Bruxa de Blair”, já que era muito tarde da noite e a gente não achava de jeito nenhum o portão de entrada da casa (alugada via Orkut!).

Uma casa linda, jogada no meio do cerrado, mas que eu precisei dormir e acordar algumas vezes para enxergar o paraíso que era. Porque eu sou urbana, chata e neurótica. Porque em menos de cinco minutos dentro dela eu já tinha exterminado mais insetos com o meu super-ultra-inseticida do que o Jack Bauer seria capaz de exterminar bandidões num episódio do 24 Horas. Tão patética que me transformei na piada da semana quando percebi que nas minhas próximas consultas médicas eu teria que comunicar uma recém descoberta alergia a natureza.

Nos dias seguintes, bem mais calma, me peguei introspectiva nos pés de uma cachoeira, com disposição para as trilhas, babando por qualquer paisagem e… feliz. Com os sentimentos esmagadinhos no peito em alguns momentos, mas feliz. Feliz e sentindo a tranquilidade que sentimos quando estamos vivendo ao invés de ficar sentados na frente de um micro esperando a vida acabar.

Dei valor ao meu trabalho por saber que ele (finalmente) não estava servindo somente para pagar contas e fazer planos para o futuro enquanto eu ignorava solenemente o presente. Senti a mente aquietar um pouco… Olhei para os horizontes com um pouco mais de fé, um pouco mais de atenção e criatividade para detalhá-lo e recriá-lo. Olhei com mais confiança para mim mesma. Porque dá um medo danado ver a vida mudar bruscamente, sabe? Dói o estômago, a gente chora sem saber porque está chorando e – pra piorar – nas horas mais ridículas (tenho que confessar que nos últimos meses ando chorando até com spam em PowerPoint. Mas, por favor, não espalhem). Isso tudo, sem contar as inúmeras vezes que bateu uma vontade enorme de correr pra casa, me enfiar embaixo das cobertas e nunca mais sair de lá. Não fui. Respirei fundo e esperei minha ansiedade passar. Assim como deve acontecer na vida de todos nós, chega uma hora que cai a ficha e a gente simplesmente se permite virar a página, arriscar e seguir em frente. Um dia – inevitavelmente – a gente acorda, olha ao redor e sente as veias pulsarem, o sangue correr e tudo meio que passa a fazer algum sentido.
Digna de uma semana santa, foi mais ou menos isso que São Jorge fez por mim… Há meses uma das minhas vozes interiores dizia que estava tudo bem, que tudo daria certo e que não havia o que temer. Mas eu fingia não escutá-la, sabe? Porque eu costumo sentir medo mesmo assim. Costumo chorar mesmo com todas as minhas vozes me acalmando ou rindo da minha cara para que eu aprenda a lidar com essas minhas tragédias. Até que, lá em São Jorge, todas elas se calaram. Quietinhas, quietinhas… Mas só me dei conta de que estávamos em paz perto da hora de enfrentar a estrada de volta. E eu, que achava que ninguém em sã consciência sobreviveria naquele fim de mundo, pensei em ficar mais alguns dias, pensei no meu tanto de “para sempre”.

Fazia bastante tempo que não sentia vontade de ficar… Também não ouvi vozes que discordassem dos meus desejos. Não ouvi nada. Só um tum-tum-tum bom de coração que racionalizava uma ou outra vontade e guiava meu corpo para mais uma despedida. E fechei a porta da casa dando tchau para uma das melhores viagens que já fiz, para um dos lugares mais bonitos que já pisei.

Antes de abrir a porteira e vir embora, no meio da estradinha de mato e terra vermelha, esperei que o carro parasse e peguei a máquina para fotografar uma flor que, até então, eu ainda não tinha visto naquele caminho. Liguei a câmera, procurei o foco e… E um beija-flor pousou sobre ela e um pedacinho do meu nariz. Juro, naquele momento, nem uma nave extraterrestre teria causado tanto efeito sobre mim. Porque o que eu precisava era só de um tantinho de esperança e não de um montão de novas perguntas, sabe? Ainda não sei dizer direito o que foi que aconteceu, mas alguma coisa bem aqui dentro mudou.

Talvez, a voz estivesse realmente certa… Nunca há mesmo o que temer. Na dúvida, é só ficar atento e ver que a vida fala o tempo inteiro com a gente. E ela sinaliza, manda parar, manda seguir, dá esporros, grita, cala, manda recados, beijos, manda flores…

Fechei a porteira enquanto olhava o beija-flor e reconhecia novamente uma das minhas vozes despertando dos dias de trégua entre nós: “Viu só como eu tinha razão?”

“Era pra ser só uma flor de despedida… Mas às vezes acho que Deus decide vir pessoalmente nos dar um beijo, joga poção mágica sobre nossos cabelos, clareia direções que nem sequer imaginávamos possíveis.”

Mas às vezes deus decide vir pessoalmente nos dar um beijo...



Escrito pela Alê Félix
25, abril, 2006
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Me ferrei. Algumas pessoas nos últimos dias devem ter me achado louca, tarada ou extremamente ciumenta por saberem que eu bisbilhotei seus perfis. Droga. E eu nem sou nada disso! E também não consigo desabilitar a porcaria porque é legal saber quem xeretou o meu. Aquilo vai gerar uma nova fobia num monte de gente… A fobia do clique.



Escrito pela Alê Félix
23, abril, 2006
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Deus do céu como o dia seguinte é vermelho, mal cheiroso e cheio de labaredas… Não aguento nem me mexer. E eu não fiz nada além de me entupir de cerveja e falar merda até as cinco da manhã. Falar merda depois dos trinta não deve fazer bem ao espírito… Não, não deve. Ai, meu cérebro dói, meu culote direito também e eu não faço a menor idéia do porquê. Não, eu não transei com ninguém e ainda não cometi o despautério de acordar com uma assombração sem RG no lugar do segundo travesseiro. Além do mais, só tinha mulher naquele bar! Não, não sua besta-quadrada. Ainda não! Eu vou morrer…
Ai… telefone. Ai… minha mãe fala mais alto que eu. Ai que pesadelo, meu deus do céu. Como pode uma coisa dessas? Me mate, deus! Me mate, please! E me mate antes das duas da tarde pra eu não precisar ir na festa de noventa anos arredondados que os loucos dos meus tios vão dar para a minha avó de oitenta e nove anos. Eu sei, eu sei… É que eles estão achando que desse ano a pobre não passa e que ela vai ficar mais feliz se morrer achando que virou mais uma década. Não me faça perguntas… Minha vida e meus infernos matutinos são tão esquisitos quanto os seus.



Escrito pela Alê Félix
23, abril, 2006
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