– Se alguém oferecesse um milhão de reais pra você dar uns malhos em um cara você aceitaria?
– Sai fora!
– Ah, fala sério…
– É sério.
– Um milhão! Por um mísero beijo na boca!
– De língua?
– Por um milhão você queria o quê? Selinho? Não. Beijo de língua.
– De jeito nenhum.
– Ok, selinho.
– Beijo de lingua em outro macho por valor nenhum.
– Como vocês, homens heterossexuais, são homofóbicos. Mulheres não são assim, não.
– Vai dizer que você beijaria uma garota?
– Querido, dependendo do meu saldo bancário, por mil reais e de olhos bem fechados eu beijo até a Dercy Gonçalvez.
– Isso prova minha teoria de que toda mulher é lésbica e que, dependo do dia, todas elas tem seu preço.

Ontem de madrugada no chat, este foi um dos papos que rolou no meio do
jogo da verdade. Todos os héteros presentes disseram que por grana nenhuma, de jeito nenhum e blá-blá-e-blá, mas no final estavam todos repensando
seus valores (inclusive os meninos). E você (caso seja um hétero convicto)? Por quanto?



Escrito pela Alê Félix
31, janeiro, 2004
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Pronto! Taí pra quem se perdeu e pediu pra eu postar de novo. Esses foram os últimos capítulos postados da Saga e do Videotexto. As continuações
das duas voltarão a ser escritas amanhã.
Post (XXVIII) – A Saga do primeiro beijo.

Conversaremos? Quem? Eu não participei de conversa alguma. Mal ele entrou pela porta da sala, já foi contando para minha mãe que eu estava aos
beijos com o Murilo. Eu tentei explicar, mas foi em vão. Dez minutos depois, eles estavam discutindo para tentar descobrir se a culpa era dela ou
dele. Por que pai e mãe sempre acham que erraram na nossa educação quando aprontamos alguma coisa cabeluda? Para ler o post todo clique aqui.

Post (XXVI) O Videotexto.
Eu estranhei quando vi uma figura meio redonda e branca se aproximando do carro. Não foi possível identificar se era homem ou mulher, mas não
acreditei que fosse o Locutor.
A pessoa, a qual eu ainda não havia identificado o sexo, caminhou até a guarita do prédio e me fez rezar quando o porteiro apontou na minha direção.
Não podia ser. Inconscientemente, me fiz de rogada e apertei o botão que fechava o vidro. Pensei em ir embora, mas ele bateu no vidro do carro e me
deixou sem muitas opções… Para ler o post todo clique
aqui.



Escrito pela Alê Félix
31, janeiro, 2004
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Com exceção da minha relação com o maridon, nem meu gosto por companhia masculina costumava durar tanto quanto durou escrever neste blog. Tudo é
breve. Não porque eu queira, mas porque, infelizmente, me distraio olhando para os lados. Me sinto meio criança mimada jogada nas mãos do destino.
Fico olhando para os brinquedos que ainda não tenho, fico aflita ao perder meu tempo com bobagens, acho que “para sempre” é muito tempo para o que é
“mais ou menos” e vivo com a idéia fixa de que, se não há tesão, não há razão para continuar.
Não sei o que me deu, mas eu simplesmente cansei disso tudo. Estava achando mundinho demais, blá-blá-blá demais, bobeira e obcecados demais. Levava
como brincadeira, mas daí o tesão desapareceu.
Acho que, em um ano e pouquinho de blog, até a dúzia de malucos que me atormentaram eu tirei de letra, mesmo sem entender o porquê da implicância. Se
eu falasse de religião, política ou metesse o pau em Los Hermanos ou Renato Russo (idolatrados como deuses), entenderia. Mas eu não falo mal de
ninguém, ou quase. Defendo minhas idéias, argumento sobre o que não gosto, mas não implico. Foquei na idéia de escrever coisas leves desde as
primeiras semanas e me divertia desta forma.
No começo, não. No começo eu queria ser mais uma a escrever textos revoltadinhos e de mal com o mundo. Por sorte, poucas semanas depois, percebi que
aquela não era a minha praia. Poucas pessoas fazem isto bem. Era desesperador perceber que, logo em seguida, eu me arrependia de quase tudo que tinha
escrito. Até hoje penso em apagar alguns posts, porque me envergonho deles. Só não deletei tudo de louca e cara de pau. Não, eu não tenho problema
algum em assumir meus arrependimentos. Todos nós estamos sujeitos a destemperos momentâneos, mas eu me sinto uma completa idiota quando não corrijo
meus erros. Eu gosto, mais do que desgosto, para sair por aí tecendo críticas imbecis como grande parte das que eu fiz. Me sentia enjoada só de
pensar que eu podia me tornar mais uma no meio de uma multidão que se expressa com o intuito de chocar. Parece que isso virou moda – todo pateta
exibicionista tem usado essa técnica. Quer se diferenciar do resto das pessoas? Seja uma pessoa verdadeiramente legal e com uma vida interessante.
Não um legal medíocre. Seja do caralho de legal. Seja alguém que dê prazer em conhecer, conviver… Seja uma boa pessoa. De filhos da puta e idiotas,
este planeta está cheio. Somos mestres nas aparências, mas bem sabemos que nossa capacidade para construir um bom caráter é limitada. É muito mais
fácil deixar aflorar nossos defeitos do que demostrar virtudes.
A gente sempre acha que é referência… Opinamos mais do que pensamos na maior parte dos casos. Com quinze anos, vá lá ser assim. Mas, hoje em dia,
isso é um pé no saco. Como se pensar e não agir fosse o máximo da improdutividade humana, sabe? Lia o que escrevia e pensava “porra, arregace a merda
das mangas, desligue este micro e vá produzir ou se divertir” – escrever por escrever, no meu caso, parecia um despautério. Acho que foi por isso que
optei pelas histórias que falassem das coisas boas da vida. Mas, mesmo assim, eu cansei. Cansei dos que querem ser inimigos, dos psycos, dos
recadinhos cretinos e da piração toda que fazem com coisas que deveriam ser simples. Cansei de escrever, escrever, olhar para trás, para os outros e
não olhar para frente e ao meu lado. Minha vida estava do lado de fora da janela me esperando e eu ignorando os fatos. É sério. Conversei à béça com
muita gente nos últimos dias. A maior parte delas não desgruda do computador. Isso é grave. As ruas podem ser perigosas, mas não são mais do que os
escritórios e quartos fechados. Dêem um jeito de desligar um pouco e relaxar. Viver uma vida de internet pode ser excitante, mas a longo prazo é tão
nociva quanto cocaína.
Enfim, mas do que é que estou falando? Deixa pra lá. Só entrei para agradecer e fico escrevendo tanto quanto eu tagarelo. Pior, do mesmo jeito
confuso. Entrei pra agradecer quem se deu ao trabalho de me escrever para saber como eu estava e para dizer que é incrível como a vida nos dá sinais
para que a gente pare ou prossiga.
Para quem não sabe, eu tenho uma editora e confesso que eu não andava mais tão entusiasmada com ela. Nenhum trabalho, nenhuma idéia, nenhum original
me tirava do marasmo que eu me encontrava. Aí, eis que tudo decidiu acontecer de uma só vez. Depois de muita negociação comecei a trabalhar na
publicação de um livro de histórias em quadrinhos que eu estava paquerando desde o meio do ano passado. Vocês já devem conhecer algumas tiras e em
breve eu digo o nome do blog. De quebra, recebi uma proposta linda e inesperada de patrocínio para a publicação de uma história que eu ignorava desde
o começo. Patrocínio para livro é algo que eu achava possível, mas não de mão beijada como veio. O segredo não é tipo. Sosseguem o facho e aguardem
que eu conto quando tudo estiver mais claro.
E os e-mails… Recebi e-mails de pessoas queridas que mesmo sem me conhecerem, olham por mim com o mesmo carinho daqueles que convivem comigo. Para
melhorar um pouco mais os meus dias, recebi outra indicação da dona Globo.com e posso jurar que não sou parenta nem do Boni, nem do Bloggerman.
Resumindo: se fosse final de copa do mundo eu seria tetra. Hehehehe… O cansaço foi embora. Obrigada.



Escrito pela Alê Félix
30, janeiro, 2004
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Quem não apareceu, perdeu. 🙂 Foi um dos melhores chats que já fizemos.
Volto a escrever por aqui hoje, mas ainda não sei se com ou sem comentários. Vou dormir um pouco. Estou um cacaréco.
Beijo e até daqui a pouco!



Escrito pela Alê Félix
29, janeiro, 2004
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Há tempos não vejo pessoas coradas de sol. Todas as que eu vejo, do lado de cá e do lado de lá do monitor, possuem a mesma palidez que eu vejo no
reflexo do espelho. Todas com a mesma candura melancólica e solitária das vidas vividas em gaiolas. O tesão de viver era vermelho, não bege. Esses
tons pastéis dos zeros e uns sufocam a alma de qualquer pessoa que perca o controle sobre os seus passos.
Iniciar, desligar, tchau.

Comentários fechados temporariamente. E-mails continuam sendo bem-vindos. Preciso passar um Speed Disk na mente – minhas idéias andam muito
fragmentadas.



Escrito pela Alê Félix
23, janeiro, 2004
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Giovanna Cantarelli espera os seus comentários hoje, no Clube da Lulu.



Escrito pela Alê Félix
23, janeiro, 2004
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Abandoram esses cachorrinhos na praça em frente a casa da Érica e ela está cuidando
deles temporariamente. Quem quiser adotá-los clique no banner abaixo e fale com ela ou com o Eduardo. Eles são daqui de São Paulo.




Escrito pela Alê Félix
23, janeiro, 2004
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As mil facetas de Elis Monteiro podem ser lidas hoje no Clube da Lulu. Leiam e aproveitem para se cadastrarem no CDL.
Pode ser impressão minha, mas ultimamente tenho achado vocês mais desanimados do que eu. Que tal um chat hoje à meia-noite?



Escrito pela Alê Félix
22, janeiro, 2004
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