Esses dias eu me vi na estrada, dirigindo a 100KM/h pra passar o final de semana com alguns amigos, mas o tempo todo trabalhando através do celular, falando no viva voz do carro por um aparelho, subindo peças de publicidade no outro, enviando torpedos nos momentos seguintes pra garantir que meu compromisso profissional se mantivesse acima de qualquer alegria na companhia das pessoas da minha vida… E deu tudo certo, tanto o trabalho quanto a viagem, mas voltei pra casa pensando… Por que? Estou colecionando cases de sucesso ou momentos de solidão disfarçados de tudo-ao-mesmo-tempo-aqui-e-agora? Por que eu tenho vivido dessa forma, onde por mais que eu me esforce, só o que faço é manter as pessoas que eu amo invisíveis, a maior parte do nosso tempo? Por que? Pra que? Fugindo ou buscando exatamente o que?



Escrito pela Alê Félix
11, novembro, 2011
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Se você tivesse mais um único dia de vida, o que você faria hoje que não poderia mais fazer amanhã?

* valendo um relógio e convite do filme 11.11.11 pra resposta que mais tocar o meu coração. 🙂
Surpreendam-me e sejam rápidos porque o tempo para a premiação será tão curto quanto o tempo que você terá pra fazer o que realmente importa na sua vida!

Me contem. Vou ficar on-line conversando com vocês através dos comentários do link abaixo, clica aí. 😉

http://www.facebook.com/11.11.11ofilme/posts/239812682746488



Escrito pela Alê Félix
11, novembro, 2011
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Da janela aqui de casa… Sempre um pote de ouro numa ponta e uma nuvem carregada na outra. As vezes a vista é tranquila, as vezes é de uma varrida alegria, na maior parte do tempo é silêncio. Da janela aqui de casa… Eu tenho te lembrado, nos chorado, me arrependido de tanta, tanta merda que fiz que não dá pra acreditar que tenho sobrevivido.
Pra piorar, também não consigo mais acreditar no invisível, sabe? Faz tempo que não dá mais… Mesmo quando fecho os olhos, não dá. Lá no céu, pode até parecer passe de mágica, posso até lembrar da época que eu sentia existir algum tipo de salvação nessa mistura de colorido, mas agora… Agora não dá mais. Quando é que isso vai passar? Quando é que vai parar de chover pra valer? Quando você voltar… Quando você voltar… E quem é que realmente volta? Faz muito frio, mesmo quando há sol. Os ventos estão cada vez mais fortes, mesmo quando não me sinto frágil. Tem luz, tem horizonte, tem até um pouco de magia de vez em quando… Mas meu olhar esta preso do lado de dentro da janela… Meu olhar, minha alma e vinte e um álbuns de fotografias…



Escrito pela Alê Félix
9, novembro, 2011
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Perdi o medo de dirigir a noite… Descobri que silêncio de estrada e estrela na calçada me carregam sempre de mãos dadas. Um assopra meus machucados e a outra me vela feito vela no meio da minha escuridão. E me ensinam novos caminhos, acalmam esse meu coração, me arrastam delicadamente pra mais um dia de boa sorte… Contanto que eu não invente de ficar parada pra sempre no acostamento. Não há nada pra temermos nessa vida não… Pode ser um caminho bonito, mesmo quando a gente acredita que é possível enxergar…

Vele feito velas no meu céu, me leva feito vela quando escuro, vela pra me guiar até o sol. Não faço mais questão de saber, ver, nem quero mais enlouquecer… Prometo não mais sentir tanto medo de sentir.



Escrito pela Alê Félix
6, novembro, 2011
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Chegou ontem aos cinemas brasileiros o filme “Não tenha medo do escuro”. Estrelado por Katie Holmes, Guy Pearce e pela atriz-mirim Bailee Madison, é dirigido por Troy Nixey e produzido pelo grande Guillermo Del Toro, que traz para as telas uma história de muito suspense, que vai te manter colado na poltrona.

A garota Sally Hurst (Bailee Madison) é levada para morar com seu pai Alex (Guy Pearce) e sua nova namorada Kim (Katie Holmes). Nesta nova residência, um casarão do século XIX, a menina encontra criaturas que a perseguem na escuridão. O trailer dá uma amostrinha do que vem por aí. Programa imperdível para os fãs de filmes de terror.

E você ainda pode comprar seu ingresso online e escapar das filas: http://www.ingresso.com.br



Escrito pela Alê Félix
1, novembro, 2011
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Pode parecer sonho, pode parecer fácil, mas toda essa liberdade também dói. Dói demais o primeiro salto. Mesmo quando a natureza fala mais alto e a sua voz atravessa o peito dizendo que asas foram feitas para descobrir o céu e não para rastejar sobre a terra, mesmo assim, dói. Pode parecer leve, pode parecer que a vista sempre valerá a pena, mas você não faz ideia do quanto é difícil acreditar na força do corpo, na proteção do tempo, na sorte do vento, no futuro quando se vive de desprendimentos…
De onde você está, pode parecer bonito me ver de braços abertos, saltando e sobrevoando, respirando do azul que a maioria de nós mal enxerga. Mas você não faz ideia da vontade que às vezes eu sinto de voltar, permanecer e parar de ver o mundo somente daqui.
A imensidão engole tanto quanto qualquer outro tipo de pressão, a solidão bate em qualquer coração… Seja ele humano com suas oitenta batidas por minuto ou entre as duas mil de um beija-flor. No final das contas, o céu é só mais uma casa sem paredes e a liberdade é só mais uma dose. E dói… Dói pra valer ter que aprender a sobreviver no tempo que o tempo quiser fazer. Não tem lareira sobre as nuvens nos dias frios, nunca mais terá o seu abraço. Dói a certeza de que mesmo ao lado de um bom bando, voar não é possível de mãos dadas. Dói saber que eu sou daqui, você é dai e o máximo que experimentaremos juntos é saudade e um ou outro instante de janela aberta pra eu te dar um beijo e partir…



Escrito pela Alê Félix
1, novembro, 2011
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Do dia que nascemos até um pouco depois da primeira década das nossas vidas, aprendemos que a felicidade costuma acontecer dentro das nossas casas, junto com nossos brinquedos e fantasias sobre o mundo que se descortina.
Um pouco depois dessa fase, acreditamos que ela tende a aparecer quando estamos com nossos amigos, nos intervalos dos nossos poucos compromissos e isso tende a durar bons e bons anos, se tivermos sorte.
Mais alguns anos e a caça por instantes de felicidade segue pelas ruas, pelos mares, entre os lençóis a procura de alguém que seja tão legal quanto nossos amigos e tão importante quanto nossa família.
O tempo vai passando e continuamos buscando aqui e ali sempre pela metade, como se não bastasse, como se nada durasse. Até que nos sentimos prontos! Preparados para encontrá-la entre as crianças que serão nossas e certamente trarão algum sentido, afinal.
Mas o tempo vai passando e percebemos que trocamos o playground pelas festas, as festas pela cama, a cama pelos contratos, os contratos pelo vazio. E o que era brinquedo vira utilidade pra casinha, a família deixa de ser fantasia, os amigos vem e vão, os amores nos confundem tanto quanto nos completam e descobrimos que os filhos não são nossos, mas do mundo… assim como nós, desatando nós, sempre sós, movidos a ilusão, paixão, finais em vão e uma vaga lembrança de que espalhamos alguns sorrisos entre os vãos. E só.



Escrito pela Alê Félix
31, outubro, 2011
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Ontem ouvi essa música em três lugares diferentes e me senti completamente dentro da letra. Agora vi um pedaço do clipe, feito em 1975, e é como se eu estivesse dentro desse avião o tempo todo, como se a Rita fosse a minha própria voz. Só não entendo qual foi a dela de enfiar a frase “agora só falta você” numa letra como essa, sabe?

Quando a gente diz e sente de verdade coisas como “No ar que respiro… Eu sinto prazer… De ser quem eu sou, de estar onde estou” pode até nos faltar alguns bons amigos, uma ou outra paixão, o próximo avião, mas não cabe dizer que falta alguém que já passou e te fazia se sentir numa vida vulgar. Não cabe…

Sabe? Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo o que eu realmente queria fzer. E me libertei de muitas escolhas vulgares. Escolhas que a gente escolhe por reflexo, condicionamento, por padrão, convenção, medo, acomodação ou qualquer outra desculpa que nos liberte da responsabilidade sobre a nossa própria felicidade. E eu juro… Quando a gente sente o nosso peito e a nossa vida cheios desse tipo de liberdade, não falta.



Escrito pela Alê Félix
30, outubro, 2011
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