Tive uma recaída forte da gripe da galinha preta. Preciso cuidar de mim – não ando muito bem.
Mal consegui ligar o micro nos últimos dias. É a segunda crise em quinze dias. A danada é tão
forte que, mesmo no estágio final, soube que ela contaminou algumas pessoas que estavam na festa
do JMC2.
Se você estava lá, passou alguns minutos falando comigo e agora está de cama, perdão. Está é uma
gripe assassina e eu deveria ter ficado quieta em casa. A única vantagem é que ela é tão feroz,
que emagrece. Se você estava gordinho, prepare-se para sair dela com pelos três quilos a menos.
Bom, vou tomar uns remédios pra garganta e dormir um pouco. Depois eu volto pra contar as últimas
sobre o caso Blogger – A Chantagem.



Escrito pela Alê Félix
13, fevereiro, 2004
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LEIA E AVISE PRA TODO MUNDO QUE VOCÊ CONSEGUIR

É patético! Desde que eu soube que o Blogger Brasil estava mudando as regras para utilização
do serviço blog, eu tratei de tirar meus posts de lá. Tirei tudo, comprei um domínio e livrei
minhas coisas de uma deletada sem aviso prévio. Porém, antes de sair, direcionei minha URL antiga
para cá. Já que eles garantiam em contrato respeitar as contas criadas antes da mudança das
regras, não me preocupei.
Sabe lá deus porque, na semana passada, depois de meses fora do blogger, meu blog foi indicado na
página principal da Globo.com. Ok, achei estranho já que eu não uso mais o serviço deles, mas como
sou uma moça educada, agradeci. A semana passou e, novamente, o blog apareceu em destaque, desta
vez no Blog of Note. As duas vezes, com referência ao domínio próprio e não à URL do Blogger.
Continuei sem entender e, desta vez, acabei tirando sarro da situação.
Foi o suficiente para os caras tirarem a indicação da semana (fato inédito e ridículo!) e
deletarem todas as contas que eu tinha por lá. Tentei acessá-las e recebi uma notificação de que
minha conta havia sido suspensa temporariamente e que era pra eu ligar no telefone 0300 e
tra-la-lá. Liguei, paguei trinta centavos por minuto, pra ficar um tempão na linha e ouvir que
minha conta havia sido bloqueada por falta de pagamento. – Pagamento? Que pagamento? Nem assinante
deles eu sou! – Me encaminharam pra outro setor.
Os caras transformaram o meu cadastro em um cadastro de assinante por livre e espontânea falta de
profissionalismo, indicaram meu blog duas vezes por pura falta de atenção, deletaram todos os meus
arquivos que estavam lá e ainda fizeram o meu endereço antigo (amarulacomsucrilhos.blogger.com.br)
de refém! Disseram que só vão liberá-lo caso eu faça uma assinatura. Caso contrário, eles liberam
o nome daqui a seis meses pra qualquer usuário que queira registrá-lo. Isso, mesmo eles tendo
assegurado em contrato, que os usuários antigos do Blogger teriam direito a um dos blogs criados
antes da mudança de regra.
E então? O que eu faço agora? São ou não são um bando de filhos da puta? Usar o endereço do blog
de refém? Não se surpreendam se esses caras começarem a enviar cartas de cobranças indevidas pelo
tempo que usamos o Blogger. Que tipo de empresa faz uma URL de refém? Vamos ver quem vai usar
minha URL de refém… Ei, pessoas, me façam um favor: se algum de vocês assinar essa porra de
provedor e estiver disposto a participar de um plano para libertar minha URL, por favor me
escreva. Eles vão ver só…

Outra coisa: quem ainda usa o blog da globo e não é assinante, corra, salve seu blog e espalhe
essa notícia. Os atendentes que eu falei me garantiram que eles vão deletar todos nos próximos
dias. A garantia de que os usuários antigos poderiam continuar é pura balela. Migrem correndo para
o BLOG da UOL. Eles tem um sistema para transportar os posts.
E, por favor, quem tiver nos seus links o endereço antigo (amarulacomsucrilhos.blogger.com.br),
se puder atualizá-lo para (www.amarulacomsucrilhos.com.br), eu agradeço. Assim não fico nas mãos
deles.



Escrito pela Alê Félix
11, fevereiro, 2004
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Eu, Alê Félix, dona desta bagaça de blog que não pára de aparecer lá pelas bandas da dona
Globo, esclareço para os devidos fins e às mentes mais pervertidas que eu não mantenho relações
extra-conjugais com o senhor BloggerMan. Qualquer citação que este homem venha a fazer ao meu blog
se deve, provavelmente, à sua obsessão pelas bundas gordinhas do Botero. Eu não tenho nada a ver
com isso.
E respeitem os meus cabelos castanhos! Já disse que eu sou uma senhora casada, fiel e monogâmica.
Fui… (obrigada, querido!) :b

Que tal um chat mais tarde?



Escrito pela Alê Félix
10, fevereiro, 2004
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– Desculpa por passar aqui a essa hora, mas eu não podia deixar isso pra depois.
Ele ouviu o pedido em pé, de pijama, à uma da manhã, enquanto eu desligava o carro e conferia pelo
retrovisor os estragos que a mãe do garoto-locutor havia feito no meu cabelo.
– Oi pra você também…
– Desculpa… de verdade. Eu sei que estou um pouco nervosa, mas…
Dei um suspiro de cansaço daquela vida toda. Eu teria me divertido com a idéia de terminar com
aquele noivado, se não julgasse o clone um belo exemplar da espécie dos “bons moços”. Adoraria
fazer a cena da moça que diz “não” e vai embora no meio da cerimônia – sempre foi um dos meus
maiores sonhos de consumo. Mas, pensar em fazer isto com aquele rapaz que havia cuidado de mim
depois do estrago que o ex havia causado, parecia doentio. Terminar naquelas condições também não
era boa idéia, mas eu não suportava mais enganá-lo.
– Você não quer entrar e conversar com calma?
– Não.
– Quer conversar aqui na rua?
– Não, não quero.
– E o que você quer?
– Eu não quero casar.
Ótimo! Na bucha e da pior forma, sua anta!
Olhamos um para o outro em silêncio. Não era para ter saído daquele jeito. A idéia inicial era
usar o velho papo de que não era por ele, que na verdade eu estava confusa, que tudo havia
acontecido muito rápido, que eu não tinha nada a ver com o vestido de noiva da mãe dele, que eu
achava que ainda gostava do ex… Ok, ok, as duas últimas desculpas eram reais, mas eu, naquela
época, não era dada à verdade. Precisava de uma boa mentira… Uma desculpa que deixasse toda a
culpa para mim, seria o ideal.
– …Espera. Não é bem assim.
Ele entrou no carro…
– O que está acontecendo?
Decidi explicar direito e largar mão de ser covarde.
– A quanto tempo a gente se conhece?
– Tempo suficiente para namorar, noivar e casar daqui a exatamente dois meses.
Um agiota não faria cobranças melhor do que ele…
– Ok. Então, estamos combinados. Casaremos! Casaremos daqui a dois meses e seremos felizes para
sempre. Juro que paro de frescura, conto aos meus pais de uma vez por todas o que decidimos, paro
de crises e cresço. Eu adoro você, sei exatamente quem você é e o que posso esperar dessa relação.
E acho que você também pode dizer o mesmo sobre mim, não é mesmo?
– Agora sim, concordamos.
– Pode ou não pode?
– O quê?
– Você pode dizer o mesmo sobre mim? Sabe quem eu sou e o que pode esperar disso tudo?
– Tenho. Claro, que tenho. Eu amo você…
– E isso basta?
– Basta. Por quê? Pra você não é o suficiente?
– Se você soubesse quem eu sou, talvez bastasse.
– E eu não sei quem você é?
– Não… Desculpa, mas você não sabe.
– …
– É por isso que há dias eu ando tão nervosa com essa história de casamento. Eu não quero casar
com alguém que não saiba quem eu sou.
Poucas foram as vezes que me dei ao trabalho de dizer a verdade a um homem. Aquela era uma
tentativa realmente honesta…
– Você está me traindo?
– O quê? Do que você está falando?
– Tem outro cara? É isso? Está me traindo?
Por que em uma hora como esta, tudo cheira a traição?
– Como você é ridículo… Olha, quer saber? Se eu me sentisse comprometida com você, talvez
estivesse te traindo sim!
– Ah, é? Que boa notícia…
– E isso nem significa que eu estou saindo com outra pessoa! Se é isso que você queria saber!
– E significa o quê, então?
– Significa que você não suporta saber sobre o meu passado, ignora o meu presente e acha que terá
um futuro encantado comigo. Você não sabe quem eu sou. Não sabe quem são meus amigos, não conhece
os lugares que eu freqüento, dorme nos filmes que eu gosto, não sabe que eu ronco, nunca me viu
acordar no dia seguinte porque nem sabe que sofro de insônia. Odeia que eu fale palavrão e não
gosta do jeito que sou. Não sabe que sempre que você me deixa em casa achando que vou dormir, eu
saio para alguma festa que prefiro ir sem você. Você não sabe que eu tomo anfetamina desde os
quatorze anos para ficar o menos gorda possível. Não sabe que eu, naquele dia do acidente, estava
tentando voltar com o Lucas e que você, fisicamente, apesar de odiar essa história, é mesmo muito
parecido com ele. E não sabe que, há duas horas, eu estava sendo arrastada pelos cabelos pela mãe
de um garoto de treze anos que eu achei que estava apaixonada só para poder arranjar uma boa
desculpa para me separar de você.
Pronto. Tudo em uma porrada só.
– Treze anos?
Era incrível como ele ouvia só o que lhe interessava. Uma audição quase feminina…
– Não. Eu não sabia que ele tinha treze anos. Ele mentiu pra mim. Eu não o conhecia
pessoalmente… Só pelo videotexto e pelo telefone, mas nunca aconteceu nada… Olha, não vá
pensar bobagem, porque de forma alguma eu…
– Chega. Eu não quero mais ouvir.
– Imagino que não queira… Aliás, você nunca quer ouvir.
– Você estava me traindo com um garoto de treze anos! Eu não acredito…
Sempre fiquei impressionada com a capacidade que os homens passionais tem de, em um piscar de
olhos, se transformarem em amebas ambulantes.
– Não é possível que eu esteja ouvindo isso… Não. Pára! Pára um minuto. Você ouviu alguma coisa
do que eu disse? Eu nunca fiquei com ninguém desde que estamos juntos, muito menos com um garoto!
– Eu vou matar esse moleque!
Imagine um pesadelo… Um bem grande! Daqueles que não acabam nunca e que são cheios de cenas
surreais. Era o que eu estava vivendo… Só queria que o sujeito não casasse enganado, e ele se
enganando. Ainda tentei explicar melhor a confusão, mas, cinco minutos depois, vendo que ele não
parava de tagarelar bobagens, percebi que eu também não sabia quem era aquele cara que estava ao
meu lado. Se casássemos, casaríamos vendados, tanto eu quanto ele. Talvez, como a maior parte
daqueles que se casam e esperam esperançosos que as vendas nos olhos nunca caiam. Mas,
definitivamente, aquele era o tipo de susto que eu não queria reservar para o meu futuro…
Certo, chega de consideração por hoje.
– Quer saber? Chega! Não quero e não vou casar! Estou cansada de gente louca. Estou tentando pela
primeira vez na vida terminar uma história de um jeito decente e você não entende uma palavra
sequer do que eu digo.Toma… Está aqui a aliança que você me deu. Agora, por favor, sai do meu
carro e me deixa ir embora.
Ele pegou a aliança, bateu a porta, enfiou-se pelo vidro aberto, jogou-a dentro do carro e…
– É falsa! Igual a você!
Dá pra acreditar? Que tipo de homem dá uma aliança falsa de família para a futura noiva? Fiquei
muda me perguntando se a falsa era eu, o brilhante ou a tradição da família dele. Loucos… bando
de homens loucos! Celibatária. Dali pra frente só me restaria virar celibatária. Como é que alguém
pede a mão de uma garota em casamento dizendo que aquela era a aliança de noivado que foi dos
bisavós, avós, pais e blá-blá-blá, pra depois dizer que é falsa? E onde estava a merda do amor que
ele havia me jurado? Aquilo parecia piada de judeu. E de mau gosto! Era como se ele estivesse
desconfiando de mim, dos meus interesses…
Indignada, parei o carro em um posto de gasolina para abastecer, respirar e achar o raio da
aliança. Falsa ou não, não queria ficar com aquilo.
Quem esse cretino pensa que eu sou? Quero que ele engula essa porcaria de anel! Ele e a mãe
dele. Não… só ele. A mãe dele pode engolir aquele vestido de Bozo que ela casou.

Abaixei a cabeça, revirei os tapetinhos de borracha no assoalho do carro e lá estava…
– O que é isso?
…. uma estrela ninja!.

———————>> Continua.
Clique aqui para ler
o Post I – O começo de toda a história do videotexto



Escrito pela Alê Félix
10, fevereiro, 2004
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Santo deus quanto enjôo…
Não, eu não estou grávida. Eu sou estéril (porque sim).
E isto deve ser resultado das folhas de alface e sopas de trinta calorias ingeridas nos últimos
dias.



Escrito pela Alê Félix
10, fevereiro, 2004
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Não contem para ninguém, mas maridon tem um blog. Atualizado muito raramente, mas tem.



Escrito pela Alê Félix
9, fevereiro, 2004
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A festa do Marquito estava ótima. Ele, como sempre, é uma boa cola. Revi pessoas queridas de
outras festas e conheci a pupila, o Thiago, Ligeirinho rei do escambo, o casal BobMacJack,
Danicast, Cheshire, Alessandro, Paulo… Alguém mais? Tenho certeza que sim e tenho certeza de que
vou levar bronca pela falta de memória. Uau, como é duro lembrar nomes. Mas o pior mesmo é fazer
apresentações. Eu nunca sei se apresento a pessoa pelo nome, pelo apelido ou pela url. Sou a favor
de que as pessoas parem de assinar com apelidos. Dá muita confusão. Também sou a favor de festas
sem música. Quem se habilita a fazer festas só pra gente conversar e conhecer as pessoas direito?
Só musiquinha ambiente, luz boa de ver a cara, papo com pé e cabeça…

– Nunca sei se te apresento como Flavia, Trinity ou reviravolta total.
– Não é reviravolta é revolta total.
– Esse é o Thiago do capitanias…
– Capitanias hereditárias?
– Não, só capitanias.
– Não, sem o s, só capitania.
– Ah, bom! O nome está certo?
– Sim, capitania.
– Não. Thiago está certo?
– Ah, isso está.
– Então tá.
– E você?
– Danicast.
– Dani o quê?
– Se o nome do seu blog é o sorriso do gato de alice por que eu não posso te chamar de Alice?
– Mas é Cheshire.
– Ches o quê?
– Por que Bobmacjack?
– Achei que tinha algo a ver com Bob Marley e esperava que você tivesse rastafari.
– Eu sou o Alessandro do mar de sucrilhos e não a Alessandra do amarula com sucrilhos. Ela menina,
eu menino. Entendeu?
– Alguém sabe o nome do Ligeirinho?
– Pra quê? Ligeirinho é tão fácil de lembrar.

Nem preciso dizer que saí de lá mais rouca do que entrei.



Escrito pela Alê Félix
9, fevereiro, 2004
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Cá estou eu, novamente, ao deprimente mundo das dietas. Mas não vou reclamar. Eu deveria
reclamar do meu peso e não dos meus próximos dias verdes.
Dia desses estava falando com o meu gay da felicidade e ele, sempre tão feliz, estava triste e
magro – havia perdido trinta quilos em quatro meses.
– Mas você deveria estar radiante, homem!
– Não estou não minha, preta. Estou triste. Uma tristeza que vem da alma, sabe? E vou te dizer uma
coisa: a gente só sabe o que é felicidade quando pode comer tudo do bom e do melhor.
Bom, eu achei que não fosse mais me desesperar pra emagrecer. Passei tempo demais na vida pensando
no corpo e um dia desisti dele. Desde então, todas as outras dores foram esquecidas com sabores. E
não sei mais até que ponto isso pode ser considerado felicidade. Acho até triste pensar nisto como
um veículo de suprimento de prazeres, mas também não quero pensar mais sobre isto. Só sei é que
decidi que preciso olhar para o meu corpo de novo. Ou isso ou eu morro de tristeza, um dia desses.
Pode ser uma delícia ignorar a balança e adoçar o estômago, mas a vida de uma mulher nunca estará
completa se ela não puder sorrir em paz para o espelho.
E ainda não sei se é uma boa idéia escrever sobre meus planos de combate à bolofice, mas, enfim,
todos os domingos vou tentar escrever sobre eles. Pode ser bom, afinal escrever já foi bom pra
tanta coisa nesses últimos dois anos…
E assim eu me cobro, vocês me cobram e eu morro de vergonha em caso de desistência. -2Kg/Nenhum
exercício físico, dieta verde e coisas aprendidas na época do VP.



Escrito pela Alê Félix
7, fevereiro, 2004
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