Maridon e eu estavamos na marginal voltando pra casa e a vista era da lua cheia de um lado e o dia amanhecendo do
outro. Bonito pra cacete! Fechou a noite, deu gosto de ver. Lembrei dos anos de farra que eu voltava de manhã pra
casa, morta de cansaço e sentindo um certo prazer, uma sensação de satisfação com a própria vida, do dia ter valido
a pena. Coisa de criança que brinca, brinca, brinca e vai dormir com um sorriso estampado. Adultos cometem a proeza
de esquecer como isso funciona. A festa? Eu achei que seria um fracasso, mas não foi. Festa nenhuma pode ser um
fracasso com setenta crianças.
Mais tarde eu tento colocar as fotos, os recados e os detalhes.



Escrito pela Alê Félix
19, janeiro, 2003
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Só pra avisar que aqui, onde vai rolar a festa das máscaras, não está chovendo e nem está com cara de que vai
chover. Tá com jeito de que será uma noite fresquinha mas, na dúvida, vou botar uns ovos pra Santa Clara em cima do
telhado.
Beijo! Espero vocês na festa.
Que tal uma festinha hoje? Clique
aqui e pegue o endereço.



Escrito pela Alê Félix
18, janeiro, 2003
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Meu olfato está extremamente esquisito, sensível demais. O que pode ser? Também estou com tontura e enjôo. Gravidez
não é, porque eu sou estéril… intuitivamente estéril. Força da mente, sabe como é? Acredite e será! Pois é, eu sou
estéril. Pelo menos, funcionou esses anos todos.
Clique aqui! Detalhes sobre a
Festa das Máscaras. Não perca. Chame seus amigos. É HOJE!



Escrito pela Alê Félix
17, janeiro, 2003
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Recebi alguns e-mails e vi algumas pessoas comentando que não vão poder vir à Festa das Máscaras porque moram longe.
Eu poderia simplesmente citar Richard Bach e dizer que “longe é um lugar que não existe”, mas eu me sentiria meio
brega fazendo isto.
Então vou dizer outra coisa: você vive pra que? Eu sei que a resposta pode variar de pessoa para pessoa. Tem gente
que vive pelos filhos, outras empurram com a barriga, outras se entregam para o trabalho, outras para os seus amores
e muitos nem pensam muito nessas coisas porque começa a doer a cabeça. Mas tem uma coisa que eu acho que deveria
valer, pelo menos um pouquinho, para todos nós. Todos deveriam viver pelo risco. Correr riscos é o grande tesão de
estar vivo. Quem sabe o que vai dar certo ou não? Quem te garante que aquele monte de gente de máscaras vai falar
com você ou não? Quem pode afirmar que o dinheiro de ida e volta de uma passagem de ônibus para São Paulo, não vai
fazer falta no fim do mês? A resposta a gente só descobre pagando pra ver. Pode ser uma bosta, pode ser do caralho,
você pode se apaixonar no meio do caminho, pode mudar de emprego no fim do mês… A gente só tem como saber
arriscando.
Sabe, a única coisa que eu me orgulho verdadeiramente na vida é a minha capacidade de falar “foda-se”. Na dúvida, eu
faço o que tem que ser feito e foda-se! A única coisa importante são pessoas e experiências, o resto são acessórios
de rotina.
Nenhum bate-volta de quinhentos quilômetros deveria te impedir de fazer o que quer. Não se preocupe com o fato do
lugar estar cheio, vazio, com panelinhas formadas e você não ter um blog. Blogs sem leitores não gerariam festas,
dono de blog que não quiser dar um abraço no cara que comenta ou passa pelas coisas que ele escreve ficará em casa
escrevendo e deixando de viver, se as panelas se fecharem e ninguém olhar para a sua cara, tenha coragem de ir lá
conversar e entrar para a turma. Turminhas fechadas são o maior sinônimo de medo de ser humano – relaxa e vai lá.
Eles vão gelar no começo mas vão se acostumar, ninguém é 100% cagão, além do mais ninguém resiste a uma pessoa
simpática e interessada. É só um encontro. Na dúvida a gente aumenta o som e vai dançar.
Facilitando sua vida:
Quem quiser vir de avião para SP, as opções mais econômicas são:
Fly – 0300-3131 323 – www.voefly.com.br
VIA BRA – (011) 258-4511 – O site está em construção.
GOL – 0300-789 2121 – www.voegol.com.br
Ônibus, venha de ônibus. De qualquer terminal rodoviário de São Paulo, é só você ir de metrô até a estação Sumaré e
pegar um taxi ou ônibus que vá pela Alfonso Bovero, peça para descer na esquina com a Apinagés e procure o número.
Lugar para ficar:
Formule 1: É um hotel
campeão! Fica do lado do metrô Paraíso e, se você vier com mais duas pessoas, se hospedam em um quarto por R$55,00 (
R$18,34 cada um). Vá no site do
hotel, ligue, se informe e venha!

Onde comprar uma máscara?
Eu acho que naquela região da Vinte e Cinco de Março (centro de SP), em lojas de fantasias, é bico encontrar.
Quem quiser pode ir até a Praça Benedito Calixto no sábado, lá tem um cara que vende umas máscaras lindas de papel
machê. Liga pra ele, diz mais ou menos o que você quer e deixa seu nome que ele reserva umas para você escolher no
sábado.
O telefone dele é: 4716-1367 / 9694-5510. O nome é Cameri e é mais fácil encontrá-lo no celular mas, se não
conseguir, deixa recado que ele retorna.
Fui.
Ah! Ontem a noite saí gripadona pra conhecer duas figuras que este blog me deu. Dá pra acreditar que a gripe foi
embora? Gente me sara. 😉



Escrito pela Alê Félix
16, janeiro, 2003
Comentários desativados em Festa das Máscaras (Post III)
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Parece brincadeira…
Um ano tentando encontrar disposição e um bom motivo para uma festa e, quando eu encontro, vem a Dona Gripe e me
pega de jeito.
Tô com febre, dor de garganta, dores no corpo, tô com tremedeira e um monte de trabalho esparramado sobre a mesa.
Nestas horas eu agradeço a deus por trabalhar em casa e poder passar o dia de pijama e pantufas. Obrigada, Deus!
Não consigo nem escrever direito… que merda.
Pra piorar descobri que o meu veganismo me causou uma anemia. Gordinha anêmica é o fim! Eu sei que uma coisa não tem
nada a ver com a outra mas… caramba! Eu não merecia. A médica disse que talvez eu precise comer peixe durante um
período. Como é que se come um peixe quando não se consegue mais matar nem pernilongo?
Bom, só queria avisá-los que estarei na festa de qualquer jeito. Acabei de falar com o D.J., fui ver o lugar antes
de ontem e estou fazendo o possível para o meu cérebro pegar no tranco, esquecer a enfermidade e ter umas idéias
bacanas para o dia. Enquanto isso, aceito sugestões.
Detalhes sobre a Festa das
Máscaras



Escrito pela Alê Félix
15, janeiro, 2003
Comentários desativados em Festa das Máscaras (Post II)
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Festa das Máscaras
Já que a gente vive tricotando pela internet, que tal marcarmos um dia para tirarmos as máscaras? Então vamos todos
à Festa das Máscaras! Aberto para blogs, sites e Cia. Ltda.
FAQ:
Quando vai ser?
Neste sábado, dia 18 de janeiro, a partir das 21 horas.
Onde vai ser?
O lugar foi fechado para nós. Chama-se Central das Artes, fica no Sumaré, na rua Apinagés, 1081, São Paulo. Tel.
(11) 3865-4165 (para ver o mapa, clique
aqui
). O lugar tem dois ambientes: um coberto e outro ao ar livre. Vou colocar mais detalhes, por aqui, no
decorrer da semana.
Com que roupa eu vou?
Vista o que quiser, mas vá com uma máscara.
Quanto morre?
R$5,00 (cinco paus) para entrar, não tem consumação. Você receberá uma comanda na entrada e só pagará o que consumir
além dos cincão.
O que vai rolar?
Um encontro dos donos de blogs, sites e seus frequentadores.
Vai ter música?
Vai ter um D.J. que já está avisado pra botar todo tipo de música.
Por que tudo isso?
Porque sim!
Se você quiser colocar no seu blog o selo da festa, fique à vontade. Ele será linkado a uma página específica, para
que as pessoas saibam do que se trata, como vai ser e blá, blá, blá. Clique no botão abaixo e copie o código:

Acho que é só! Beijo e até sábado.



Escrito pela Alê Félix
13, janeiro, 2003
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A primeira noite no videopapo
Nem preciso dizer que virei a noite papeando no videopapo, né? Vício, vício, vício. Montes de nerds tímidos,
troca-troca de telefones e “trimmmm!”, o despertador histérico que nunca tinha sido usado, gritava na minha orelha
que era hora de trabalhar. Eu, morta de sono, a noite toda romanceando naquela porcaria viciogênica… estava
perdida. Como conciliar noites de zumbi no teclado, encontros às escuras com paqueras virtuais, o despertador
tocando às cinco da manhã e trabalho em horário comercial? Aquilo não era vida! Mas eu precisava parar de reclamar,
tomar um banho e ir para o meu primeiro dia de trabalho na Teletel.
Os dias não seriam tão fáceis como eu havia imaginado…



Escrito pela Alê Félix
12, janeiro, 2003
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Hoje é a festa de aniversário do meu sobrinho. Festão! E não é sem motivo, o garoto é foda de legal! Fizemos um
jornalzinho com fotos e textos sobre ele. Maridon fez o layout e eu tentei contar a história. Estranho, pensar que
ele pode ver esta lembrança por anos e anos, estranho.

O anúncio de uma gravidez vem sempre acompanhado de dois sentimentos: surpresa e alegria. E foi assim que
as famílias dos Felix e a dos Alves receberam a notícia de que a Shirley e o Alexandre trariam ao mundo em poucos
meses uma misturinha do amor dos dois.
Foi uma correria! Corre comprar as roupinhas do bebê, corre pintar o quarto, corre comprar um bercinho,
fraudas, muitas fraudas, corre pra lá e corre pra cá. Mas Deus fez tudo direitinho e deu para o casal nove meses de
gravidez saudável e cheios de disposição. Toda a família ajudou: a vó Maria, o vô Oswaldo, a vó Izabel, o vô Carlos,
todos os tios, as tias, os primos, as primas, os amigos, os vizinhos, sobrou energia até para a bisavó Ana e os
bisavós Lourdes e David. Todos aguardaram com ansiedade e felicidade o nascimento do bebê e todo santo mês da
gestação a mesma pergunta se repetia: Já sabe se é menino ou menina? A resposta era sempre a mesma: Não, ainda não.
O danadinho do bebê fez suspense até o dia do seu nascimento e deixou todos mortos de curiosidade. Nem
mesmo a poderosa ultra-sonografia pôde com a rapidez dos movimentos do bebê. – Opa! Ultra-som! Deixa eu me esconder!
Papai e mamãe só vão saber quando eu nascer.
O brilho das árvores de Natal, os presentes e as saudações de felicidade fizeram com que o bebê achasse
que já estava na hora do nascimento. Ficou todo feliz e esperneou tanto que achamos que suas pernas saltariam da
barriga da mamãe.
– Que menino forte, esse! – dizia orgulhoso o papai.
No reveillon de 2001 para 2002 o bebê ouviu os fogos de artifício, viu o colorido mágico no céu e quis
nascer o quanto antes para ver a festa, mas seu anjinho da guarda pediu para que ele esperasse mais um pouquinho.
– Não, bebê. Espera mais um pouco, ainda não é a sua vez. Falta pouco.
No dia 4 de janeiro de 2002, logo pela manhã, o anjinho voltou para dizer para o bebê que aquele era o
dia do nascimento dele, deu-lhe um abraço apertado cheio de saúde, um beijo de boa ventura e um aperto de mão
recheado de sabedoria. O anjo da guarda do bebê era um sujeito muito simpático e brincalhão e havia passado os nove
meses, contando histórias para o bebê sobre a beleza do universo, os seus mistérios, a complexidade dos seres vivos
e dádiva que era ganhar um passeio pela Terra.
Avisou-lhe que estar vivo era um processo de evolução do início ao fim, onde ele teria sempre que
exercitar a comunicação, o corpo e os sentimentos. Que no começo é sempre mais difícil, mas que ele estaria
acompanhando-o o tempo todo em pensamento e pediu para que ele nunca esquecesse, mesmo com o passar dos anos, de que
os primeiros ensinamentos valeriam para a vida toda: antes de andar aprenda a engatinhar, antes de falar preste
atenção na fala dos outros, antes de se meter em encrencas enfie o dedo na tomada. O bebê riu e nasceu sorrindo. Era
um menino realmente forte! Nasceu grande e saudável e, por conta da conversa com o anjo, esqueceu de nascer de parto
normal e nasceu de cesariana, mesmo. Também, quem poderia resistir a um anjo cheio de histórias pra contar? Nasceu
tranqüilo, bem humorado, sem medo, com vontade de descobrir a vida, conhecer as pessoas, nasceu com fome e com sono.
Pensa o quê? Dá trabalho passar de feto para neném! Mas o sono passou logo diante de tantas novidades e rapidamente
ele passou a ter uma vida agitada: pediu logo cedo um cardápio alimentar mais variado, foi parar sorridente em todos
os colos que lhe colocavam, observava todos os detalhes com muita atenção e superou os seus limites em tempos
recordes.
Antes dos cinco meses aprendeu a engatinhar, com seis já sentava, com sete ficava de pé sozinho, com oito
falou “mamã” e “papá”, aos nove arriscou os primeiros passos e, com dez meses, levantou do chão, andou pela cozinha
de um lado até o outro e refestelou-se gargalhando com o bumbum no chão.
Sempre, sempre com a mesma disposição para aprender, com a mesma alegria e sorriso rasgando as bochechas,
sempre feliz com as suas conquistas e avanços, sempre levantando depois dos tombos e andando firme e cada vez mais
forte.
E foi assim que o primeiro ano do Vinícius se completou. O seu primeiro dedinho de vida foi uma aventura
emocionante e repleta de vitórias e agora todos torcem para que no seu segundo ano de vida ele aprenda, entre outras
coisas, que bichinho que anda rastejando pelo chão não é papinha.



Escrito pela Alê Félix
11, janeiro, 2003
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