Nunca perdi tanto tempo quanto perdi nessa tentativa insana de construir relações de amor. Além do período da paixão que não passa de uma obsessão pessoal, não existe nada além do amor próprio (ou da falta de) que nos faz escolher o silencioso jogo de interesses que estabelecemos em busca de algum tipo de paz ou prazer, mas que sempre acaba com algum tipo de morte ou surto. Alguém sempre vai pagar um preço alto por essa brincadeira de mau gosto que nos ensinaram a acreditar.  E tanto faz se você discorda ou não sobre o destino fatal de todo relacionamento. Se hoje você estiver ganhando, se sentindo bem amadão e feliz, vai querer argumentar dizendo que não é bem assim e se estiver perdendo, se fodendo numa dessas relações de merda onde cada um defende o seu e tudo o que deveria ser “nós” não passa de “eu”, vai preferir nem ter começado a ler isso.
Mas não se desespere… Ainda não é tão difícil encontrar sobre este planeta alguém dotado da boa ingenuidade do amor. Ainda é possível procurar e encontrar alguém que goste mais de você do que você será capaz de gostar e essa pessoa te cure e aceite devolver um pouco do que já te tiraram. E se te consola saber que há quem já perdeu mais do que você… Até aqui, eu perdi minha vida. E uma boa grana… Deixei de caixinha… Um mimo de gratidão pelas flores que os homens que eu amei um dia me deram. Achei que fossem bouquet, eram coroas, mas sempre serei grata por virem e irem em formato de flor.



Postado por:Alê Félix
20/01/2012
3 Comentários
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Vívian Freitas

janeiro 20th, 2012 às 16:35

Ainda sou iludida e tô tentando acreditar que nada foi perda, foi tudo investimento. Ainda…


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ssrodrigues

janeiro 21st, 2012 às 20:16

Embora casada a mais de 20 anos, nunca estive apaixonada por ninguém e confesso que vendo as pessoas ao meu redor dando tanta importância ao assunto, meio que me sentia ‘roubada’ de algo valioso. Com o tempo, vendo que todos aqueles amores imortais tinham prazo de validade, concluo que esse tal de amor, ou a necessidade dele, é uma mistificação, uma justificativa para a necessidade de precisarmos nos procriar, sabe-se lá porque. Talvez por precisarmos complicar tudo, sempre.


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Ricardo

abril 19th, 2012 às 17:17

As vezes fazemos sacrificios que ninguem pode entender.
Tentamos de tudo pra agradar outras pessoas, buscamos mostrar nossa felicidade em estar ao lado dela mas, como dito no comentário acima, as vezes os amores tem um “prazo de validade” e nem sempre isso é culpa nossa.

A solução é continuar seguindo, e acreditando que outros amores virão


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