Estava aqui me perguntando como posso ter dois casamentos longos desfeitos, ter sido tão incompetente emocionalmente e, ao mesmo tempo, ter resultados interessantes no que diz respeito a minha vida profissional… Pensei, pensei e me ocorreu que talvez eu não tenha sido assim tão incompetente, nem tenha sido tudo um grande fracasso. Afinal, ninguém deixou de amar ninguém, ninguém deixou de cuidar e de querer bem ninguém. Talvez, meus casamentos tenham sido como pequenas empresas que se tornam bem sucedidas depois de ralarmos muito… E cresceram e se tornaram tão prósperas que passaram a caminhar por conta própria, até nos tornarmos conselheiros um do outro.
Acho que tá tudo certo… Profissionalmente, emocionalmente. Agora só falta fazer balanço com deus, já que esse papo todo me fez questionar como andam as coisas “espiritualmente”. Pois é… É só eu achar uma desculpa esfarrapada pra me auto-perdoar pelas merdas que faço na vida e lá vem a minha cabeça cobrar pendência…
Bem… Acerto minhas contas com deus mais pra frente. Quem sabe até lá não rola anistia de dívidas ativas e passo batida na fila dos pecadores? Oremos. Oremos.
setembro 29th, 2011 às 10:42 
Eurico
novembro 3rd, 2011 às 9:05Mais um texto para refletir, para ajudar a entender essa passagem pela vida. Também gostei da resposta do Rubens. Obrigado.
katia hokamura
novembro 13th, 2011 às 20:02lindinha, tenho certeza que deus deve dar boas risadas com você e deve delirar de orgulho de uma filha que sabe fazer da vida uma arte.
admiro a tua força e o modo como você encara os desafios, por isso deus continua mandando, afinal, só ao filho capaz vale a pena ….que graça tem mandar um quebra cabeça, e o pentelho não consegue montar e fica só chorando?
“há mais pessoas que desistem que pessoas que fracassam.”
beijos minha linda
p.s rubens falou muito bonito, tô assinando embaixo
No que diz respeito a mim, na qualidade de ex-marido, não houve qualquer incompetência emocional de sua parte – muito pelo contrário! E, sinceramente, acho que a maior parte dos casamentos é um empreendimento com começo, meio e fim. Concordo que vez por outra é possível que durem pra vida toda, mas são casos raríssimos. Destes, a maioria deixa de ser casamento e se torna uma mera convivênica, isso quando não é baseado em aturação mútua. Poucos são os casos em que o amor perdura até o final. E mesmo assim, acho que sempre há coisas que abrimos mão em troca – é preciso saber se estamos dispostos a fazer esta permuta.
E olha… tenho me questionado se, espiritualmente, o caminho não é este mesmo que traçamos no mundo material. A mim parece que a transcendência, na maior parte das vezes, mais aliena e elimenta o ego do que evolui. E olhando pra trás, as pessoas mais elevadas espiritualmente que conheci, tinham os pés sujos de barro.
Acho que você tá indo muito bem.