Mês passado recebi um e-mail de uma moça chamada Samara, dizendo que estava lendo meu blog há alguns dias e que gostaria de me encontrar para conversarmos sobre um projeto que envolvia literatura e teatro. Ela disse que morava no Rio e eu estava indo ao Rio na semana seguinte. Marcamos por e-email, trocamos celulares caso houvesse algum desencontro, só nos falamos rapidamente alguns minutos antes de nos encontrarmos pessoalmente.
Lerda que eu sou, só me dei conta de que a tal da Samara era a atriz Samara Felippo, na hora de trocar os dois beijinhos comuns do comprimento carioca. E juro que só tive certeza na segunda bochecha, porque na primeira eu ainda estava pensando “de onde mesmo eu conheço essa garota?”.
Sentamos, pedimos água e ela me contou que – do jeito dela – ela escrevia desde pequena e que queria muito me mostrar alguns rascunhos. Disse que tinha uma porção de histórias na cabeça, mas que a arte dela era a cênica e que queria que eu escrevesse…
– Não esquece que eu não sou escritora.
– Eu li o “365 dias de solteira”, li seu blog, seu perfil no blog… O jeito que você escreve é perfeito para o que eu tenho em mente!
– E o que você tem em mente?
– Não sei se eu vou conseguir te explicar sem mostrar alguns textos que comecei a escrever…
– Me dê um exemplo de algo mais ou menos parecido e que já tenha sido feito, só pra eu tentar entender…
– Imagina uma espécie de “Sex and City”, porém com personagens que fossem atrizes, cantores, celebridades e não mulheres comuns. Todo mundo acha que sabe o que acontece na vida de alguém que está nas capas das revistas, na televisão… As pessoas acham que sabem, as revistas acham que flagram, as vezes até flagram realmente… Mas a verdade? As verdadeiras histórias, os verdadeiros escândalos, histórias que até gostaríamos de contar…
– Eu não sei se quero saber…
– Como assim?
– É informação demais. Se forem histórias verídicas suas ou de outras celebridades, quando você me contar, vira uma relação de segredo e guardar segredo dá um trabalho danado! Não quero saber não.
– A idéia é que você faça o que faz no seu blog. Você não conta suas verdadeiras histórias naqueles posts. Você ficciona tudo, mas todo mundo acha que é diário.
– As vezes é verdade sim.
– E as vezes não é.
– E as vezes é um pouquinho de cada.
– E é exatamente isso que eu quero.
– Hum… Isso eu acho que sei fazer.
– Vamos misturar tudo, fazer o que você já sabe e o que eu sei, depois a gente vê o que acontece. O que acha? Topa?
Não sei se foi exatamente assim que conheci a Samara, mas foi mais ou menos assim.
Tomara que eu consiga dar conta das trezentas mil coisas que me meto a besta… Não bastasse a idéia dela ter virado o nosso “Quero ser Ninguém”, ainda estamos concluindo um site de webnovelas… Mas, sobre isso, mais pra frente eu conto.
Por enquanto é só. Espero que curtam e que eu não morra de lelé.
www.alefelix.com.br/queroserninguem



Postado por:Alê Félix
03/12/2008
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