Que canseira, deus meu. Cansaço e saudade das minhas varandas ensolaradas lá do cerrado. Cansaço pelo risco, pelos rabiscos. Teria sido um bom fim de semana para viver de rede, carinho e céu limpinho. Mas eu aqui, aqui há tantas horas. E meu menino lá… Acalmando meu coração com a suavidade da voz e a lógica que me falta, mas sem conseguir esconder as palavras que chamam pelo meu corpo quando as horas passam a ser contadas e as boas lembranças usadas. E essa chuva daqui… Essa chuva escura batendo na minha janela trancada, conversando com minha insonia. Essa chuva que chega falando alto o quanto me falta de juizo, o quanto sou imbecil por não mais estender minha mão. Chuva, chuva, chuva… Até ela me faz sorrir quando caí nos caminhos secos que dão lá numas cachoeiras. Poeira, terra vermelha, verde que escapa gritando por tempestade, flores heroínas entre sépias e cactos, uma imensidão de cenário capaz de tirar o fôlego de um homem mais atento. Lá, por uma tempestade, me sinto feito mato, me sinto flor, sinto novamente algum tipo de tranquilidade.



Postado por:Alê Félix
14/09/2008
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