Eu só tenho aparecido por aqui em dias esquisitos, eu sei. Ontem a tarde, enquanto eu morgava em frente as telas a espera de um dia menos chuvoso, assisti um pedaço de programa que mostrava o dia a dia de uma dessas fábricas de exploração de pessoas na China. Nele, uma garotinha disse coisas que vou levar pro resto da minha vida como se também fossem minhas. Aí você me diz: como você “a empresária” pode achar que sua vida tem alguma coisa em comum com a de uma adolescente que se fode vinte e quatro horas por dia numa fábrica chinesa? Eu não sei como isso pode acontecer, é injusto da minha parte, mas é a mais pura realidade. Talvez, seja pelo fato de que ela vive numa prisão, mas tem uma alma livre. Ao contrário de mim, que nasci e cresci livre, mas vivo construindo prisões. De alguma forma, acredite, somos todos iguais.
Escrever pra mim é como comer doces: me deixa contente. As vezes é sobre mim, as vezes não é.



Postado por:Alê Félix
10/08/2008
0 Comentários
Compartilhe

Deixe um comentário