Tudo dói, tudo meio que gira. E eu não bebo, não fumo, não respiro nada que não venha junto com o ar. Ando tão zen que tenho pensado novamente em virar vegetariana. Voltei pra yoga… Mesmo assim, todo lançamento de livro eu pareço uma drogada antes, durante e depois. Que vergonha… Só dei vexame, disse um monte de bobagem. Pior! Um deles durou quase uma hora e foi filmado. E eu tropecei nas palavras, engoli as que deviam ter saído, soltei outras tantas mal pensadas, tive lapsos, na tentativa de ser política acabei sendo injusta com os escritores prediletos e não citei nenhum deles. Não disse coisa com coisa, acho que gritei no ouvido das pessoas, tô com medo de ter cuspido em algumas e fiquei pensando na morte da bezerra enquanto tudo acontecia. Uma droga completa. Isso sem contar o olhar e o sorriso de idiota que me perseguem nessas horas. Baixa o Coringa em mim, sabe? Mesmo se eu quiser mudar aquele arregalo de olhos ou diminuir o tom de voz, não vira. Deve ser algum tipo de maldição: “Seu cérebro te sabotará e lhe dará uma boa fama de maluca retardada”. É sempre assim… Quando eu mais preciso dele ele fecha a porta e mete uma placa de não perturbe na minha cara.
Que merda, eu quero um buraco bem fundo… Isso sem contar o mico do coque. Quarenta e cinco minutos de escova na droga do cabelo pra, no final das contas, eu passar o dia desfilando com um tufo espetado em um palito no alto da cabeça. E cheio de câmeras digitais por todos os lados… Não gosto nem de lembrar.
Bom, se algum infeliz postar alguma foto minha naquele estado, vai ter morte. Da entrevista eu não vou ter como fugir, mas, das fotos, ai de vocês! E tenham medo, eu falo sério. Droga… ninguém costuma me levar a sério. Nem eu me levo a sério. Droga. Não vai adiantar ameaçá-los de morte… Eu vou até a farmácia ver se existe algum remédio homeopático para o meu caso. É o jeito. Fui. Depois eu volto pra contar sobre as coisas boas que aconteceram. Ou seja, sobre todo o resto que se manteve bem longe (e rindo provavelmente) de mim. Tá achando que é exagero meu? Então veja isso…

saopaulo1.jpg

Conversa com maridon logo depois de eu ver essa foto:

– Olha isso que horror! Parece que eu fumei quilos de maconha!
– Na verdade parece que eu te bato.
naoacreditoqueeufizumaburradadestetamanho.jpg



Postado por:Alê Félix
20/11/2005
0 Comentários
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Olivia

novembro 20th, 2005 às 12:24

Ah! Exagerada!


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Rebecca

novembro 20th, 2005 às 13:45

Hahahaha Bom.. podia ser pior ne… Sempre pode =D
Mas relaxa vaii… Nunca da pro fugir das nossas piores fotos… Eu q o diga… Aff… Mas no fim sempre da certoo… e se num der, pelo menos rende umas boas risadas rs
Bjos


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Ane Aguirre

novembro 20th, 2005 às 18:14

É… bem que eu achei que ele tinha um jeito de violento. E você, Alê… tão meiga, tão doce! 🙂
Olha só, agora de verdade: a foto tá bem legal. Tem uma coisa de satisfação nos teus olhos. É sério. Aquela satisfação que acontece depois de um bom cansaço, sabe? Normalmente acompanhada de suspiro.
Beijo, guria! Quero saber de tudo com detalhes sórdidos.


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Vinicius Costa

novembro 21st, 2005 às 7:40

Eu quero saber é se você vai estar no Rio de Janeiro quando o livro dos Malvados for lançado aqui 😛


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Arquimimo Novaes

novembro 21st, 2005 às 7:59

Ane falou tudo. Adorei conhecer vocês!


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Nelson Natalino

novembro 21st, 2005 às 9:29

Alê…
Você está enganando os seus leitores. Acompanhei toda a entrevista e fora o fato de você não falar dos seus escritores prediletos ( eu também sou rei desses brancos e admito ser DDA), todo o mais não é válido. Enquanto eu assistia a sua entrevista, imaginava que se tivesse aceito dar entrevista no seu lugar, aí sim seria um sesastre total. eu ouvia susas respostas e pensava comigo o quão acertada foi a minha recusa. Você esteve ótima, assim como a Fal e o Ina. Tenha certeza-qualquer entrevistado, por mais experiente que seja, depois da entrevista, vai pensar: pôxa eu poderia ter respondido isso, ter falado aquilo, etc., etc.. Você foram ótimos. Você foi muito bem. Quanto ao coque… eu achei um charme.
Beijo e baitabraço.


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Nelson Natalino

novembro 21st, 2005 às 9:29

Alê…
Você está enganando os seus leitores. Acompanhei toda a entrevista e fora o fato de você não falar dos seus escritores prediletos ( eu também sou rei desses brancos e admito ser DDA), todo o mais não é válido. Enquanto eu assistia a sua entrevista, imaginava que se tivesse aceito dar entrevista no seu lugar, aí sim seria um sesastre total. eu ouvia susas respostas e pensava comigo o quão acertada foi a minha recusa. Você esteve ótima, assim como a Fal e o Ina. Tenha certeza-qualquer entrevistado, por mais experiente que seja, depois da entrevista, vai pensar: pôxa eu poderia ter respondido isso, ter falado aquilo, etc., etc.. Você foram ótimos. Você foi muito bem. Quanto ao coque… eu achei um charme.
Beijo e baitabraço.


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Mani

novembro 21st, 2005 às 10:30

Melhor assim, Alê, detesto gente perfeita!!!!


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Mani

novembro 21st, 2005 às 10:34

Melhor assim, Alê, detesto gente perfeita!!!!


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Roberta de Felippe

novembro 21st, 2005 às 11:48

Afe, que exagero… Hehehe.
Eu só fiquei livre no sábado às 19:30 hs e na verdade passei o dia todo invejando vocês que estavam lá. Em tempo: para te alegrar um pouquinho, minha avó comentou comigo logo depois que a gente desligou o telefone: “Beta, que voz serena tem essa sua amiga!”. Be happy!


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André Stern

novembro 21st, 2005 às 15:02

Eu ia perguntar de ele te bate!


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Milton Ribeiro

novembro 21st, 2005 às 15:03

Para que toda esta autocrítica furiosa e injusta contigo mesmo? E nem adianta, né, Alê? Se fores ao meu blog e seguires os links lá no finzinho no post, te acharás na Olivia, por exemplo.
Mas te proíbo de matá-la. Vocês são uns amores e não gostaria de vê-las uma morta e outra presa.
Teu trabalho foi (está sendo) um sucesso, guria.
Um beijão.


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Milton Ribeiro

novembro 21st, 2005 às 15:07

Mais: eu sei que sou o predileto… :¬))


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