Alguns nomes e sobrenomes nunca me saíram da cabeça. Fatos e pessoas muitas vezes se perderam, mas alguns nomes sobreviveram aos dias e ficaram
talhados na minha memória.
Uma mensagem antiga deixada em uma lista de discussão, pedia que orassem por ele. Eu não soube. Não naquele dia. Soube ontem. Soube porque não durmo,
porque passo muitas noites em claro, noites que me remetem a um silêncio tão alto que, para ignorá-lo, deixo minha mente repetir nomes e lembranças.
Pensei nele algumas vezes… Ontem, antes de ontem e na semana passada. Não por acaso, mas porque nunca deixei de pensar. Há mais de uma década não o
via. Durante este período nos falamos pouquíssimas vezes. Soube que ele mudou de São Paulo, casou pela segunda vez, que a primeira mulher tinha o meu
nome… Ele vivia reclamando da quantidade de “Alessandras” que surgiam no seu caminho. Quase não entrei para a lista. Ele insistiu. Insistiu que
beijos de praia podiam subir a serra, que podiam acabar em namoro, que não morávamos tão longe um do outro, que não éramos tão jovens e que não havia
nada de errado em dizer “eu te amo” na manhã seguinte. Arrastou-me para uma festa que atravessou a noite, me apresentou a sua cidade, seus amigos e
uma família que me despertava a sensação de um carinho eterno. Algumas pessoas a gente não conhece, mas sim reconhece. E ele me fez acreditar que eu
era uma delas… Quando acordei, já estava na lista. No início da lista…
Foi um namoro rápido. Tão explosivo quanto nós dois. Perdi as contas de quantas vezes me meti em encrencas durante os poucos meses que namoramos
escondido dos meus pais. Quatro ou cinco meses inventando histórias, dando desculpas e matando aulas para ficar junto o máximo que pudéssemos.
Imaturos e inexperientes, fomos, um para o outro, um bom test-drive de relacionamentos amorosos. Quando acabou, tentamos não nos perder de
vista, mas as namoradas seguintes não deixaram. Infelizmente, pessoas apaixonadas não lidam muito bem com amores passados. Foi uma pena…
Disseram que foi um câncer, um câncer raro aos trinta anos de idade. Ele não me contou… Estava longe demais para contar. Também, dizer o que depois
de tantos anos? Dividir a dor? Pra quê? Ele não quis dividi-la, não nos poucos interurbanos que trocamos. Mesmo sentindo que havia algo errado, me
limitei a aumentar a distância e achar que aquele era só o bom e velho jeito triste dele de ser.
É a primeira vez que eu sinto um pouco da minha história se desfazendo. A primeira vez que alguém que me fez sorrir e chorar de paixão vai embora. E
foi embora tão cedo que ando com medo. Medo da minha história (que é só o que tenho pra me segurar) ser tão frágil quanto a minha memória, o tempo e
a própria vida.
Depois de passar o dia com os olhos grudados na minha pequenez e na minha saudade, me sinto vivendo uma ilusão estúpida e sem sentido. E, mesmo
sabendo tanto da vida quanto eu sei da morte, ainda me sinto com toda a arrogância daqueles que acham que sabem alguma coisa. Até meu ceticismo
tornou-se uma fórmula… Sempre achei que viver intensamente bastaria, mas hoje me contentaria com qualquer teoria que me convencesse de que viver é
algo mais do que respirar e seguir em frente. Hoje, qualquer “intensamente”, soa distração e consolo. Ao contrário de todos os dias, estou dando uma
banana pra idéia de que viver vale a pena. Talvez eu nunca tenha feito isso direito e não quero mais escrever sobre o que estou sentindo. Escrever me
consola das minhas dores existenciais e tô de saco cheio de amenizá-las. Não hoje… Hoje quero que as minhas dores simplesmente se fodam. Hoje eu só
quero morrer de saudades em paz. Só quero lembrar do que passou, do que sempre ficou, de como éramos… Só isso, nada além disso. Mesmo que já esteja
tudo escrito, mesmo que tudo seja passado, mesmo que eu ainda seja capaz de senti-lo ao meu lado dizendo pra eu deixar de ser boba e parar de
chorar…
Alê.. TEm dias que tudo que queremos é paz de tudo, até mesmo do que nós pensamos que achamos que sabemos..
Como a Ana disse, não há nada de mais em sentir saudade.. às vezes tentar aplacar dores é pior.. temos que sentir.. assim como você está fazendo..
Sinta muitas saudades, e fique sim em paz consigo mesma.. apesar de tudo já estar escrito..
Beijos!!
Eu nao sei nem o q comentar…
Um bjo grande
Assim como a Pucca, eu nao sei nem o que comentar. Conheci seu blog há poucos dias, mas já li toda a história do videotexto, e do primeiro beijo, e é
incrível como certas pessoas simplesmente têm esse poder de prender os outros em seus textos.
Querida, leio sempre seu blog, mas nunca me manifesto!
Hoje eu preciso mandar FORÇA pra você!!!!!! Sofra o que for necessário… até se sentir melhor!!!!!!
Fique com Deus!
“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã…”
Sinta-se fortemente abraçada.
O tempo é o senhor das coisas… ele, só ele tem o poder de amenizar todo o sofrimento…
fique com Deus.
bjs
Dé
nossa,voçê cada dia escreve melhor.adoro seus posts
um beijo
Tem momentos na vida que só o silêncio e a solidão servem como companheiros.
Tem momentos que só é preciso sentir-se amparada pelo carinhos dos que sofrem com a gente.
Viva o seu momento, que nós esperaremos num outro momento a sua alegria de volta.
Nossaaaa!!!!
que texto emocionate…
estou nu trabalho e tem um pessoal olhando pra mim, com uma cara meio estranha, acho que é porque estou com lágrimas escorrendo em meu rosto…
Que vergonha!!!!
Pagando um micão aqui por causa de você!!!
hehehe
Faça mais isso não!!!
Bejim!!!
Se cuida!!!
Ai que triste Alê!!!
Isso é muito triste!!!
Mas vc tem as lembranças que é muuito bom.. curta isso!!!
E fique mal, mas maquiada e no salto!!
Assim, vc não perde o equilíbrio!!
Futil.. eu sei.. mas verdadeiro..
Tenho certeza que vc entendeu o que eu quis dizer, né?
Beijos
e quando a gente vê gente tão nova, indo tão cedo, ou mesmo os mais velhos.. eu, pelo menos, fico com medo da morte. que na verdade é medo do
desconhecido.. mas no fim, acho que quem tem medo da morte, tem medo de viver.. não é?
É a primeira vez que eu comento em um blog.
Eu um dia pensei na morte como o último ato e entrei em uma crise existencial e tive que ter algum tempo para refletir e me equilibrar
emocionalmente, mas achei que isso só acontecesse com poucas pessoas que são inseguras como eu. Mas lendo seu texto com esse assunto vou ter que
reavaliar meu conceito, pois aconteceu logo com você, uma pessoa que dá, pelo menos para mim, a impressão de ser tão segura de si.
Acho que cada conflito emocional é uma etapa a ser acrescentada para que possamos nos aperfeiçoar de algum modo.
Mas como vim aqui para falra sobre o contrário de morte, cito uma frase de Roberto Freire: “É o amor o contrário de morte, não a vida. Não qualquer
vida.” – acho que diz tudo.
….esperava encontrar mais um daqueles textos divertidos, que deixam a gente pra cima e com vontade de curtir um monte de coisas, mas já tô
grandinha, sei que a vida da gente não é feita só de sorrisos, e me surpreendi com lágrimas nos olhos ao terminar de ler o post de hoje….não sei
bem o que dizer, mas gostaria de deixar um abraço carinhoso pra você…
poxa, seus textos sao muuuito legais…
mas pq vc nao continua A SAGA DO PRIMEIRO BEIJO??????
Minha querida, desculpe a propaganda rídicula que estou fazendo, mas estou criando um serviço exclusivo com o intúito de fazer do mundo um lugar
melhor. Cada contato que você puder colocar pedindo trabalhos do P.F. te daremos 20%. Obrigado.
Lê! desconhece o poder da sedução das palavras, que exerce sobre as pessoas, qdo escreve.
Diante de tal texto só me resta um conselho:
Ligue para aqueles que ainda estão vivos e reze para aqueles que nos aguardam.
Um bj no coração.
É fiona…
Estamos na faixa etária que nos deparamos com um triste fato da vida, que é o de encarar a nossa mortalidade.
Pois até uma certa idade, você sabe que é eterno e que irá viver para sempre e todos que te cercam também são assim.
Mas ao chegarem os primeiros cabelos brancos, as primeiras rugas, os primeiros amigos a partirem, nos damos conta que nosso tempo também acaba. Nosso
mundo, nosso presente, nossa vida, segundo a segundo vão se tornando historia, passado e velhice. O fim, a velhice, aqueles dias nublados e
acinzentado começam a aparecer, inexoráveis, no horizonte.
Então, antes que tudo isso acabe, vamos nos embebedar, vamos nos entregar aos prazeres da carne e do espírito, vamos fazer felizes aqueles que nos
amam e nos encher tanto de vida e de alegria, que a decrepitude de nossos corpos não possam macular o espirito indomito que guardamos em nós.
Perder, perder…o que mais fazemos?
Tudo que se passa em nossa vida tem um significado…tudo tem algo a dizer….seja amor….paixão…..saudade…. Sinta tudo que te pertence….mesmo
a dor e a saudade….não vislumbre apenas o que a saudede tras de triste….mas o que ela representou de bom….na sua vida….relembrar e viver…..
seu blog tem textos maravilhosos….vou passar sempre por aqui…….
Bjos
me visita
esse blog eh uma merda
esse blog eh a pura MERDA
Alê,
Estou sempre aqui, apesar de nem sempre comentar e acho fantástica sua facilidade de expressar em palavras seus sentimentos e suas opiniões.
Da morte, a única certeza que temos é que ela virá um dia. Sendo assim, o melhor a fazer é procurar viver intensamente, e não à espera da morte, como
muitas pessoas o fazem.
Esse texto me fez pensar em várias pessoas que passaram pela minha vida e que foram se perdendo e me deu uma puta vontade de entrar em contato com
todas elas o mais rápido possível e ter a oportunidade de rir, de chorar, de brincar ou brigar com elas enquanto estão aqui. Vivas.
Um abraço pra você e curta sim – à sua maneira – essa saudade. Faz parte e faz bem.
Oi, querida,
Passei aqui pra deixar um grande enorme abraço apertado pra você!
E pra dizer que seu texto teve que ir pro C&P. Não teve jeito.
Um dia, ainda muito nova, conheci um cara que me tocava lá no fundinho do coração… talvez por sua voz, talvez por sua música, talvez por também ter
se encantado por mim.. não sei… só sei que vivi “um amor de verão” lindo, daqueles que a gente escuta em letras de música, ou vê em filmes à
tarde… foi lindo, mas tive que voltar, tive que viver a vida, escola, outra cidade, ano letivo… mas tinha calma e esperei as férias como nunca na
minha vida…
O verão voltou, chegou de novo, troxe com ele toda a alegria e também as férias… mas aí, descobri que não era mais preciso esperar tanto, pq o
último verão nunca mais voltaria… ele tinha morrido atropelado….
É triste, é tragico, mas é a vida…
Hoje, ainda hoje, mais de 10 anos depois, ainda choro ao ouvir algumas músicas que fizeram a trilha sonora daquela paixão… e procuro guardar,
dentro das minhas lembranças as cartas, o sorriso e a xerox da foto… amém
Que dia vim parar aqui..
To me sentindo angustiada mais ou menos por isso..
Mas passa…
beijos
É, tem alguns amigos q a gente acaba perdendo o contato, e nem sabemos o q aconteceu com eles. Se mudam, telefonam poko, e vamos perdendo o contato.
Mas a gente sempre tem um cantinho reservado pros sumidos, o coração eh grande^^ bjinhu
É a 1ª vez q entro no seu blog, Alessandra, e me identifiquei muito com vc… acabei de viver uma desilusão amorosa e foi como se o mundo desse uma
volta de 180 graus… como se eu tivesse deixado de ser eu mesma… exteriorizar os sentimentos assim é complicado, mas vejo que todos passam por
isso… Os homens são todos uns tolos infantis, acabei de crer… mas naum consigo viver sem eles…
Ah, eu sou viciada em sucrilhos, naum vivo sem!!! E também sou louca por amarula… foi o q me chamou a atenção para entrar no seu blog… o nome…
Me identifiquei muito contigo e gostaria q a gente trocasse umas idéias…
muito interessante…td aki nessa hp…qnd puder…me visite…
Nunca passei por algo parecido. Mas acredito que a sensação de perda seja horrível. Não, não queria estar no seu lugar. Mas tenha certeza, se
estivesse ao seu lado não diria nada. Apenas te abraçaria e te daria todo o colo do mundo.
Tem horas que tem de ser assim. Pra dor passar, tem de encara-la.
Afagos, fica bem.
Ale,
Me deu um frio na espinha…me deu saudade de um “amigo” q nao vejo faz tempo mas mesmo assim ainda tenho muito carinho por ele…e ontem tive
noticias q ele nao vai nada bem…
A vida e assim…cheia de imprevistos…cheia de surpresas.
Fique com Deus.
beijos.
Muito Show esse blog !!! Adorei mesmo !!! Beijinhos ! Mile
Por favorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
coloca um post da “saga do 1 beijo”
não consigo mais me conter de tanta curiosidade (fazer o q? sou fofoqueira (no bom sentido)).
Coloca vai…
beijinhos
Ué? Cadê o comentário que eu deixei aqui ontem?!!?!
Sumiu,
Puta que pariu!!!
Caraka!!!!
Primeira vez que eu leio seu blog (tá de parabéns!!!!) e logo de cara me encaixo no que vc escreveu. Saudade é foda! Ainda mais de um amor passado –
não digo de qualquer amor, mas sim daquele amor que arrebata a gente para fazer loucuras e algumas estupidezes. Viver intensamente é viver se
arriscando, arriscar tudo que vc tem todos os dias, viver intensamente é viver uma vida alegre – mesmo com tristezas, viver intensamente é viver a
vida da forma que ela é para vc!!! Então Alê (não sei se posso te chamar assim, posso?), viva e viva intensamente cada minuto de saudade, pois sentir
saudade é tão bom quanto é ruim, demonstra que vc tem um coração disposto a amar outro alguém!!!!
Belezinha????¿¿¿
Acho que consegui passar um pouco do meu ser nisso tudo… mas não eskeça de dar uma passadinha lá no meu blog, tá?
Beijos do seu novo “amigo” blogueiro TEQUILA!
aí hein? esse amigo entre ” ” quer dizer que não sou tão amigo pois te conehci agora, tava lendo uns comments e uma guria falou de um antigo “amigo”
e não é este “amigo” que me referi, tá? Sorry for the mistake.
See ya
Alê, desculpe perguntar mas vc é do signo de peixes?
Ale, a vida é isso e é uma merda e é maravilhosa ao mesmo tempo. Tenho me confrontado mais e mais com a idéia da morte e da muito medo, mas tenho
também a impressao que é um certo medo de nao viver tudo o que eu gostaria. Espero que voce fique bem.
Flabb
PS: o que passa na cabeça dessas pessoas que entram aqui e comentam banalidades depois de um post desses?
Insensíveis! Todos vocês! Não respeitam a dor, o luto, o amor deste ser elevado que nos presenteia com suas palavras.
Ale, maravilhosa, nossa deusa maior, precisando de um ombro amigo sem aspas, um ombro gay de tomara que caia é só ligar minha flor. Estou pronto, pra
te fazer cair na vida. Cair de boca na botija, forever!
Só li a última história mas adorei…você escreve muito bem e consegue tocar a alma de quem lê seus textos…Parabéns!!! Bjus!!!
Ale….eu não pude deixar de ler este post sem que meus olhos se enchessem de lagrimas…seu texto muito me envolveu e me tocou e acabei chorando ao
contar para minha irma a historia…deve ser muito triste vc ver uma parte da sua historia se desfazendo…é a parte mais dificil da vida é descobrir
que vc é mortal e que as pessoas que vc ama tb podem morrer…perdi muitos dos que amava por isso sei um pouco sobre essa dor entranha que assola o
peito e desola a alma como se fosse um vazio…como se a qq minuto a porta fosse se abrir e ele entraria por ela de novo com seu sorriso no rosto e
tudo voltaria a ficar bem…ve se manda noticias viu…beijinhos…se cuida
julie
AMEI SEU TEXTO!
Já tem um comentário de uma Emanuelle aqui. Bem, sou outra, rs.
Olha só…te disseram coisas lindas. Provavelmente a maioria são pessoas amigas que estão sempre por aqui. Mas eu não podia deixar de te deixar minha
gratidão pela emoção despertada, pela lembrança que o tempo é efêmero e de que os sentimentos são eternos, por ter feito brotar em mim a vontade de
beijar e abraçar cada pessoinha amiga que tenho na vida!
bjs
Lindo e triste. As melhores historias são sempre assim…
Que idiota que eu sou, comentando em texto de 2003. Mas sei lá, alessandra. Acho que você já superou a perda desse ex-namorado, partindo tão jovem e
de um jeito tão violento.
Mas sei lá, Alessandra. Sei lá. Você mexeu profundamente comigo, e, mesmo depois de dois anos, esse etxto sacudiu alguém que mora muito longe, em
Manaus.
Paz para ele, paz para você, e para todos nós, que temos coragem de andar nesse mundo perigoso, arriscado e FASCINANTE.
E qual o problema de estar em paz? E qual o problema em morrer de saudades? Morrer?
Um sentimento tao cruel em certos momentos…um sentimento que te faz amadurecer e aprender a valorizar a vida! Saudade é bom! Mas saudade também
dói, e como dói!!!
Alê, parabéns por conseguir exteriorizar suas emoções, suas idéias. Emociono-me com seus textos. Gostaria de poder conhece-la um dia.
Um abraço bem apertado!