A conversa por telefone com o ex-namorado…

– Oi.
– Alê?
Começamos bem. Se ele estivesse muito bravo, diria “Alessandra”.
– Tudo bem?
– Tudo…
– Então? Quanto tempo!
– Não pra mim. Espero passar muito mais tempo sem te ver.
Quando o conheci ele era um doce, mas o tempo o tornou um traste de grosseiro. Até hoje, ele diz que ficou assim por causa das mulheres que ele teve
o desprazer de conhecer. Eu não acredito. Acho que ele mentiu pra mim durante meses bancando o encantador. Mas, naquele dia, eu ainda tinha fé que
ele voltasse a ser a graça de garoto que eu conheci.
– Vai começar?
– Ligou por quê?
– Ai, pára! Pra que isso? Você sempre foi um cara legal. Antes de namorarmos fomos bons amigos. Por que não continuar a amizade?
Papo furado! Óbvio que eu não queria ser só a amiguinha, mas de forma alguma eu daria o braço a torcer. Por mais bravo que ele estivesse comigo, eu
sabia que ele cederia.
– E o babaca do seu namorado?
– Que namorado?
– Como, “que namorado”? Aquele idiota do sítio.
– Hum, ciuminho…
– Que ciúme, o quê? Diz logo o que você quer.
– Queria ver você, mas
– …
– Não, não quero voltar contigo. Só quero ser sua amiga.
– Isso não dá certo, Alessandra.
– Claro que dá! Custa tentar?
– Custa. Você sabe que custa.
– Vamos fazer assim: está uma noite linda. Eu passo aí, a gente sai, conversa melhor e eu provo pra você que é possível. O que você acha?
– Não vai dar. Tenho uma festa pra ir.
– Onde?
– Não te interessa.
– Olha, quer saber? Você tem razão. Se for pra bancar o estúpido é melhor a gente não se ver mais. Eu tentei! Mas já que você quer assim…
– Em Tatuí.
Foi a cidade que começamos a namorar. Hesitei um pouco, mas não resisti.
– Longe…
– É.
– Você vai com alguém?
– Não.
– Eu posso ir com você se você quiser…
– Não sei. Melhor não.
– Por quê? Está namorando alguém que estará na festa?
– Claro, que não! E mesmo se estivesse. O que você tem a ver com isso?
– Nada.
– Então?
– Então, está certo. Vou com você.
– Alê…
– Vamos com o meu carro. Melhor do que você vir até aqui para depois voltarmos. Pra mim é caminho. Ei, vamos tentar, vai?
Ouvi pelo bocal do telefone o som da longa suspirada até que ele decidiu.
– Está bem, eu te espero.
Fui, o caminho todo, confiante de que ele também teria uma recaída, de que os ares da cidade onde começamos o namoro nos seriam favoráveis e que, no
final, tudo daria certo, mas o tiro saiu pela culatra.

———————–>> Continua
Clique aqui para ler o Post I – O começo de toda a história



Postado por:Alê Félix
13/08/2003
0 Comentários
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Patrícia

agosto 13th, 2003 às 22:30

Menina! Levei um susto quando entrei aqui!
Calma, eu explico por quê!!!
Eu acabei de escrever pra meu marido duas “humildes crônicas” sobre telefone!(rs!). Ele está em Porto Alegre e eu aqui em São Paulo. Ele comentou
sobre o telefone que está caro, por que tenho usado muito a companhia de telefone que aquela moça bonita vive falando em outdoors e na TV que custa
barato…
E mesmo aqui uso muito o telefone, sempre, demais!!!!
Bem, escrevi pra meu marido uma historinha sobre uma moça que conheceu um rapaz no interior, mas ele é da cidade grande.
Ela demorou dois anos pra ter coragem pra ligar pra ele. Ele demorou pra lembrar dela. Mas, o telefone custa caro! Eles não poderiam falar por muito
tempo. Ambos não tinham condições financeiras pra conversar horas ào telefone. Por outro lado, fazer uma viagem pra rever alguém depois desse
tempo…
Bom querida, o que me assustou ao ler seu post, foi que acabei de descrever uma conversa telefônica como li aqui ao entrar. E foi questão de minutos.
Enviei o e-mail pra meu marido com a “historinha”, entrei no meu blog pra ver comentários, adicionei seu link há uns dois dias, eu acho. Portanto,
entrei aqui pra ler seus posts que conheci há pouco tempo e achei interessante. Abro sua página e vejo conversas telefônicas.
É cada uma que acontece!
Beijos!


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Bia

agosto 14th, 2003 às 0:35

Olah… jah tinha ouvido falar mto do seu blog… comentários ótimos apenas de elogios… e realmente seu blog eh ótimo… acredito q ateh seja por
isso ke agora eteja com dominio proprio… amei esse dialogo e voltarei pra ler a continuação…
beijos e parabéns mesmo!


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Danielle

agosto 14th, 2003 às 0:49

Adorei seu site…
Se quiser, dê uma passadinha no meu…
beijos
Danielle


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Danielle

agosto 14th, 2003 às 0:49

Adorei seu site…
Se quiser, dê uma passadinha no meu…
beijos
Danielle


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Danielle

agosto 14th, 2003 às 0:49

Adorei seu site…
Se quiser, dê uma passadinha no meu…
beijos
Danielle


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Inverno

agosto 14th, 2003 às 2:03

Certas coisas, não mudam jamais.


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aNNE

agosto 14th, 2003 às 2:18

Hehehe, o tiro saiu pela culatra foi? to esperando pra saber entao se foi uma culatra grande ou mais ou menos.
Beijocas.


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Graça Carpes

agosto 14th, 2003 às 4:16

Adorei seu blog… Muito criativo.
Beijo
Graça 🙂
PS: Espero você lá no meu… rs


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Marcell

agosto 14th, 2003 às 13:20

É a vida né?!
Ou não….
Hehhe..
Seu blog é 10,
T+


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Pucca

agosto 14th, 2003 às 14:17

Que pena que saiu pela culatra… Vc estava tao bem intencionada…
Bjs!


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malandrops

agosto 14th, 2003 às 15:23

gracias pela visita la na queijolandia, volte sempre… nunca exprimentei essa combinação com sucrilhos não, será que fica bom? vou tentar.


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