Ando estranha, muito estranha. Ouço as mesmas músicas todos os dias, há dias. Tenho odiado cada frase postada por aqui. Um ódio que me faz ter a
clareza do quão ridícula tenho sido, mas que não me deixa parar de escrever e muito menos ter coragem para deletar tudo. Um ódio cheio de lucidez e
covardia mas, por enquanto, saudável.
Tenho pensado em emagrecer para sempre, mas ainda é só uma possibilidade. Não quero emagrecer só porque estou consfusa. Até porque sou honestamente
feliz com a minha aparência. É claro que passo pelas minhas crises, mas estou longe de me sentir uma mulher feia só porque extrapolei os limites do
peso ideal. Mesmo assim, senti medo um dia desses e não sou tão burra e fraca ao ponto de esperar pelo bis das leis de causa e efeito.
Ando extremamente calma e com uma vontade louca de virar a vida do avesso. Mas não como estou acostumada. Chega de traumas e histórias mal
resolvidas. Não suporto mais arrastar nomes, mágoas e pedidos de desculpa.
Tenho olhado para a frente e já havia esquecido de como eu era quando sonhava com o futuro. Tem sido assustador, porque nunca fui de fazer muitos
planos; quando vejo estou vivendo outra história e, desta vez, não sei se quero que seja assim.
Sei que meu corpo tem conspirado para que eu tome decisões e minha mente as tem adiado porque não aguenta mais esse meu jeito desordeiro de viver.
Até meu útero tem se rebelado. Anda me fazendo olhar para os bêbes com dúvidas sobre procriação e carinho excessivo, anda me assombrando com as
minhas próprias idéias e assoprando nos meus ouvidos minha idade, meu passado e o meu presente.
Não, não estou sentindo o peso dos anos e muito menos querendo ser mãe, mas estou diferente… Muito diferente e estranhamente em paz, apesar da
guerra travada dentro de mim.
julho 22nd, 2003 às 14:32 
julho 22nd, 2003 às 14:34 Oii! Eu sou uma viciada no seu blog, quase todo dia dou uma passadinha para ver se vc atualizou! Além de sempre ler o Clube da Lulu =)
Ah, linkei vc no meu blog, mas não precisa me linkar não, pq o meu não é de mta qualidade não..hehehe
E calma, que a guerra dentro de vc passa logo logo!
Bjos..
julho 22nd, 2003 às 14:45 UAU! Show de bola isso aqui. Certamente ganhaste mais um leitor assíduo!
julho 22nd, 2003 às 14:47 Isso acontece porque você é mulher. Acontece com todas nós porque somos mulheres. E só nós sabemos o quanto tudo parece caótico, perdido, confuso e
mesmo assim ainda estamos em paz…. Sorte nossa.
julho 22nd, 2003 às 14:48 Vcs mulheres são engraçadas…e maravilhosas.
E os filhos…são maravilhosos e engraçados!!
julho 22nd, 2003 às 16:38 Oi, gosto muito do seu blog… então resolvi fazer um link seu no meu blog… se vocè quiser… eu agradeço desde já… faz um link meu aqui tb…
Beijos
Gi
julho 22nd, 2003 às 17:38 Oi Ale,
minha sobrinha e webmaster tem me feito vir aqui em seu blog sempre, é nosso programa familiar!
Gente, tenho acompanhado ansiosamente o primeiro beijo, que coisa, menina, dá um jeito de beijar logo, não aguento mais minha adolescência aparecendo
em capítulos homeopáticos aqui em sua saga, he,he,he,he,he,eh,!
Mas esse texto sobre mudança………amiga!!!!!
Eu poderia ter escrito algo assim. A última sensação me trouxe minha filha, hoje com dez anos, tudo de bom, vc vai adorar quando for a sua vez, mas
agora, tá começando a me dar aquela vontade de mudar, como se um pedido, um chamado distante tivesse de ser atendido a qualquer preço!
Sei não, amiga, sei não!
Dá pra tentar parar de ler pensamento coletivo e posta-los aqui no blog?????he,he,he,he,he,he,
No mais:
ADORO SEUS POSTS!
Beijo grande e apareça aqui em casa, ops, no meu blog, prum cafezinho, ok????
Apá
julho 22nd, 2003 às 18:12 Tinha tempo que eu não te lia, e achei muito legal ter adquirido um domínio próprio…
Engraçado, com as devidas mudanças, seu texto está muito parecido comigo, inclusive história do útero… Acho que tem uma época na vida que nosso
corpo resolve nos chamar a atenção pra novas coisas, coisas definitivas, sei lá…
Gostei muito…
Beijos mil!!!!!!!
julho 22nd, 2003 às 19:30 Apesar da guerra dentro de vc, vc continua escrevendo pra cacete. Que praze que é te ler, mulher.
julho 22nd, 2003 às 20:10 É essa sensação de ser uma criatura paradoxal que nos faz a cada dia mais confusas e ao mesmo tempo mais pacíficas conosco. Engraçado isso, mas é
exatamente o que sinto. Seu post foi a declaração do que sinto. Com a excessão de que já sou mãe. E é incrivelmente a experiência mais deliciosa e
mais difícil de nossas vidas.
Beijão!
julho 22nd, 2003 às 20:22 Alê, nessas horas de guerra interna é bom lembrar dos amigos. Presente! o/
Beijo!
julho 23rd, 2003 às 1:33 Olá!
Bom,passei aqui para dizer que mudei o nome do meu blog,por causa de umas coisas que estão acontecendo…
antes era http://www.talytha.blogger.com.br agora é http://www.blogsecrets.blogger.com.br
Bjos e boa semana……
julho 23rd, 2003 às 11:30 Virar do avesso é mesmo uma decisão difícil, confusa, mas em muitos momentos, mais q necessária. Se a gente passa a vida inteira se enxergando da
mesma maneira, vendo o mundo do mesmo modo, nunca saberemos como é estar de um outro lado. E vai ser sempre aquela música: “Todo dia ela faz tudo
igual”. Fazer tudo igual tem um limite, até pro nosso corpo mesmo. E pra mente então! E uma pessoa como vc, tão queridamente poética, tem mais é q se
libertar do q te prender e voar ainda mais alto. Mesmo q seja pra cagar na cabeça de muita gente q fica cá embaixo!
julho 23rd, 2003 às 11:37 Estou passando pela mesma fase, a única coisa diferente, que ainda não tive o chamado da natureza para ser mãe. Eu sou péssima para decidir algo, eu
deixo o tempo ir me levando…
julho 23rd, 2003 às 13:35 isso é viver ale …. querer uma coisa e fazer outra, ou pior, nao saber o que quer, duvidas, certezas… antiteses… vc expressa o que nos sentimos
vez ou outra muito bem. Beijocas.
julho 23rd, 2003 às 21:38 Oie,
por favorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr faça outro super post da “Saga do 1 beijo”, tenho todos os posts e AMO essa serie q vc faz, é muito boa,
parabéns mesmo!!!!!!!
Faz vai, por favor…
dê uma passadinha no meu blog se puder
beijinhos
paula fernandes
julho 29th, 2003 às 17:35eu vivia uma vida absurda de festas, baladas e encontros, dormia no sofá da casa dos outros, ia trabalhar direto, tinha escovas de dente espalhadas
pela cidade de Santo André inteira, me sentia as vezes vazia, e as vezes cheia de sentimentos deliciosos, fui promiscua, insana, meiga, menina, tudo
ao mesmo tempo, quando achei que tinha perdido o controle e que morreria solteira sem filhos a espera de um japonês sarcastico que me fez adoecer,
conheci o Maicon que me concebeu a Laura, hoje não entendo como fui capaz de viver até hoje sem ela . . . ela é o grande amor que eu esperei a vida
toda. Permita-se esse previlégio.
Oi Alê,
Eu sou pai, pai meio que por acaso, mas sou pai.
Diria a você que a minha filha que hoje tem quase 5 anos, mudou minha vida e meus planos. Fez eu abrir mão de muitas coisas, mas me abriu outras
condições e horizontes.
Pode parecer demagogo demais, pode parecer besteira, mas todo pessoa importante que entre em nossa vida tem o poder de mudá-la. Desde sonhos, planos,
desejos e assim por diante.
Talvez seja a hora de você pensar se não quer novas pessoas em sua vida, sei lá … um filho, uma amigo ou amiga …
Talvez falte a ti a permissão.
Talvez precise ser permissiva consigo.
Seus reflexos e reflexões são contraditórios e permanentes.
Hora de permitir mudanças.