Eu devia ter dito “não”, mas tudo aconteceu tão rápido… E também não era justo que os meus medos resistissem ao azul calcinha dos olhos daquele
menino. Além do mais, no momento que o Ivo me contou que o Murilo queria me namorar, todo o meu desprezo por ele se transformou em uma paixonite
desenfreada.
Apaixonar-se tão facilmente e com tamanha intensidade é um privilégio dos imaturos e, naquela época, eu me apaixonava e desapaixonava por pessoas e
por coisas no espaço de tempo que separava o fim de uma tarde dos raios de sol do dia seguinte. Pode parecer coisa de gente mimada, mas esses surtos
de paixão ainda me cheiram a presentes que a vida nos dá e, durante anos, tive muito medo de que um dia eu deixasse de senti-los.
Achava que envelhecer trazia responsabilidades suficientes para ignorarmos as necessidades e tempestades do coração. Hoje em dia, acho que isto só
acontece com quem tenta se proteger do lado emocional da vida ou com aqueles que acabam matando de uma vez por todas o adolescente que já foi. Não
digo que seja necessário arrastar toda a adolescência para a fase adulta, seria uma imbecilidade. Mas um pouquinho da sua essência precisa ficar. Se
o pirralho que existe dentro de nós vai embora, nosso brilho vai junto e a falta desta energia pode transformar os anos de qualquer ser humano em um
verdadeiro tédio.
Sete dias pra dar uma resposta! Onde eu estava com a cabeça? A ansiedade me fazia contar cada segundo. Desconheço sensação pior do que a de esperar
que algo aconteça. Minha pouca idade só me dava bagagem para ficar aflita. E no auge do meu desespero, tive uma idéia que me fez tirar os olhos do
ponteiro do relógio. Uma idéia que me fez crer que o melhor remédio para a ansiedade feminina é a indústria da beleza. Basta ver para onde vão as
mulheres na iminência dos grandes acontecimentos de suas vidas.
Achei que seria um abuso pedir dinheiro aos meus pais para ir a um salão de beleza, por isto transformei meu quarto em uma clínica de estética
caseira. Foram dias de exercícios físicos e dietas absurdas, máscaras faciais à base de gema de ovo, açúcar e suco de limão (como se eu precisasse
disso aos treze anos), dormi todos os dias com algodões umedecidos de chá de camomila nos olhos para evitar pés de galinha e olheiras (como se alguém
precisasse disso aos treze anos), fiz vários preparados de babosa na tentativa de ver as madeixas mais compridas (como se o comprimento do meu cabelo
fosse esclarecer as dúvidas que brotavam na minha mente) e ouvi música, muita música, no máximo do volume que Clique aqui para ler o Post I – A saga do primeiro beijo.



Postado por:Alê Félix
01/07/2003
0 Comentários
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thaty

julho 15th, 2003 às 16:01

Olha cada vez que venho aqui acho melhor ñ vejo a hora de ver o post IX suas histórias são ótimas essa do beijo então nem se fala se vc me der
autorização posso manda suas historias por e-mail para meus amigo b-jocas thaty


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Maíra

janeiro 10th, 2004 às 15:11

Oi!!
Mto loko seu site!! Adorei o jeito como vc aborda os assuntos e como escreve é realmente fascinante!!!
Qto à duvida dos beijokeiros d 1° mão, já existe sim um manual do beijo!!!
É bem simples e totalmente volta aos pré adolescentes!! vale a pena vc indicar…
Bjs e Parabéns


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Maíra

janeiro 10th, 2004 às 15:13

Oi!!
Mto loko seu site!! Adorei o jeito como vc aborda os assuntos e como escreve é realmente fascinante!!!
Qto à duvida dos beijokeiros d 1° mão, já existe sim um manual do beijo!!!
É bem simples e totalmente volta aos pré adolescentes!! vale a pena vc indicar…
Bjs e Parabéns


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lucinha

agosto 5th, 2007 às 20:29

adorei esse site!seria bom mais informaçoes sobre o assunto.bjinhosssssssssss………….


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