Estou começando a acreditar no poder da mente. Para quem não percebeu ainda: coisas que eu vejo as pessoas desejarem
há anos vem acontecendo nesse país nos últimos tempos. Ou é poder da mente ou então deus é brasileiro mesmo e anda
trabalhando para que os nossos sonhos se realizem. Fatos:

  • Lula presidente.
  • Debates políticos sem grandes agressões e baixarias.
  • A Globo perdendo poder.
  • Ferro nos EUA (este desejo estava sendo transmitido com muitas variações e provavelmente deus quis usar a
    criatividade)

Alguém lembra de mais algum desejo coletivo que se concretizou nesses últimos anos? Acho que agora só falta dar
uma banana para a dívida externa e ver o burrinho do Bush errar o alvo e explodir a Argentina.



Escrito pela Alê Félix
7, novembro, 2002
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Definitivamente não vejo mais graça no processo político brasileiro e mundial.
Acho digna a vitória do Lula, acho o Bush uma mula patética. E, assim como o Caetano, acho o Bin Laden um homem
bonito. Penso sobre os fatos, concordo, discordo, observo, converso, entro em discussões, mas não me pega mais.
Eu lembro de ser uma menina apaixonada por política e cheia de crenças de que este era o caminho para as mudanças no
mundo. Aos quatorze anos já estava envolvida com movimento estudantil, grêmio livre, UJS, PC do B e o escambau a
quatro. Tudo bem que aqueles eram os únicos lugares freqüentados por meninos interessantes, mas eu gostava de
verdade de política; eu acreditava.
Fiz amigos, me apaixonei pelos meninos politizados, vi eles crescerem e alguns deles ganharem e abusarem do pouco
poder que conquistaram.
Foi me embrulhando o estômago ver ideais se transformarem em rebeldia burra e oportunista.
Quando a Globo (depois de ter colocado o cara lá) e o Congresso quiseram tocar o psycho do Collor da presidência, os
famosos caras pintadas acharam que era mérito deles o impeachment. Eu me recusei a participar daquela cabulada de
aula generalizada mesmo achando que os fins poderiam justificar os meios, que bem ou mal era um momento histórico,
que os amigos estariam lá, que eu poderia estar enganada, que na pior das hipóteses seria divertido… Mentira! Eu
não podia enganar a mim mesma. Estavam todos sendo manipulados. Todos.
Ai, vem o Lula, ganha as eleições e o Brasil inteiro (o mesmo Brasil que odiava o PT na época que eu torcia por ele)
decide vestir a camisa vermelha. Uma puxação de saco sem critério algum. Gente como Maluf, ACM e Quercia de mãos
dadas com o PT e todo mundo achando normal. “Esta é a Sua Vida” do Lula, estrelas em todos os peitos e festa com
direito a “Parabéns pra Você” na avenida Paulista no dia da vitória.
Eu, na frente da TV, de madrugada, ao vivo, pensando: Não me emociono mais com política. Caralho, quando foi a
última vez? Acho que foi com a Fafá de Belém na época das diretas. Mas eu era tão nenê. Mas é preciso ser nenê para
se emocionar com política. Envelheci. Foi a primeira vez que me senti realmente envelhecida. Senti as rugas da alma,
a flacidez das crenças e o poder do tempo. Deu uma tristeza estranha, uma falta de sentido.
Semana passada, fui assistir Revolution OS. Um documentário sobre a trajetória do Linux, GNU e todo o movimento a
favor do software livre. Quarta-feira, 4 horas da tarde, na Sala UOL e o cinema lotado. Não era pra menos. Richard Stallman me fez lembrar que eu apenas mudei o foco da minha fé no mundo. E como disse o
meu homem sábio de plantão: O caminho político é um caminho velho. As mudanças virão de outros lugares.



Escrito pela Alê Félix
5, novembro, 2002
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Se você está tentando engravidar e não consegue, você pode optar por dois tipos de tratamento: Você pode começar por
AQUI, ou pode pedir um favorzinho
sexual para ESTE RAPAZ.
O moço é uma máquina de procriação.



Escrito pela Alê Félix
5, novembro, 2002
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Cartman é a vovozinha!
Digamos que eu estou mais para Monica…



Escrito pela Alê Félix
5, novembro, 2002
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Minha vida anda parecendo tiras da Mafalda.
As vezes me sinto a própria Liberdade . Ai,
olho para o meu passado e acho que fui criada para ser o Manolito . Venho pra cá, começo a escrever e vejo que
sempre quis ser a Mafalda .
Acho que estou em crise com minha identidade.



Escrito pela Alê Félix
4, novembro, 2002
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Uma das coisas que eu curti ao assistir Cidade de Deus, foi que eu nunca tinha visto mais gordo, nenhum dos atores.
Que puta show de interpretação! Todos os pequenininhos são incrivelmente talentosos e os grandes mandaram super
bem. Estavam todos de parabéns. Tive a sensação de que o nosso cenário cultural pode estar mudando. Tomará, tomará.
É que tem uma coisa que me enjoa no universo artístico deste país… É um apadrinhamento sem fim. Me sinto em uma
espécie de invasão de clones. É um tal de usar o sucesso para empurrar a vida medíocre de filho, sobrinho, irmãos…
:b
O mundo seria outro se acabassem com isso e fizessem muitos desses filhinhos de papai batalharem para ter alguma
coisa por mérito próprio e não por hereditariedade.
Ligue a TV e veja quem esta lá. O pai, a mãe, os filhos, os netos… Quando não é da família, é de uma panelinha de
amigos que se reúne para enfiar lixo cultural nas nossas casas. Olhe para maior parte das pessoas que fazem cinema
no Brasil e você identificará os grupos. Um bando de metidinhos-intelectuais que se acham do caralho e abusam das
leis de incentivo à cultura.
Há exceções. Graças a deus há exceções. Mas convenhamos: Qual a diferença do Tarcisinho e do Tarcísio pai? Da Regina
Duarte e da filha que eu nunca lembro o nome? KLB cacete! Sandy e Júnior, que merda é aquela que dura anos? E
aqueles ridículos dos aparentados do Leandro e Leonardo que nem cantar sabem?
Antigamente, eu torcia para cair uma bomba no congresso e ver se mudavam aquelas caras. Hoje em dia, tem vários
lugares que precisam de reciclagem de gente. Seria muito bom se a mídia levasse a sério a palavra novidade e parasse
de nos empurrar esses clonados inúteis.
Vou ser otimista. Vou torcer para que toda aquela molecada do filme Cidade de Deus faça um arrastão na lista de
atores brasileiros e traga um pouco de adrenalina para nossas telas. Pela quantidade de gente que tinha naquele
filme, já é um bom começo.



Escrito pela Alê Félix
4, novembro, 2002
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Isto está parecendo programa de auditório de fim de semana.
Primeiro, acharam o Tiago,
irmão
de Jesus. E agora, encontram o primo do Mostro do Lago Ness.
Vou esperar pra ver se rola um Esta é a sua Vida. Aliás, quem era mesmo o apresentador do Esta é a sua Vida? Era o
J. Silvestre?



Escrito pela Alê Félix
3, novembro, 2002
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Anos e anos se passaram, e a urna que continha possíveis evidências da existência de Jesus Cristo, ficou lá,
paradinha no canto dela. Um israelense que colecionava velharia, encontrou a sabe lá onde e comprou-a.
Recentemente, o ossário de calcário virou notícia. Ouvi dizer que a Discovery se ofereceu para fazer todos os
estudos necessários, todo mundo deve ter feito propostas para checar a autenticidade da bagaça. E no final das
contas, ela foi enviada para o Canadá.
Foi o suficiente para Deus se aproveitar da situação e tirar um barato da nossa cara. No meio da viagem rachou o
ossário. Provavelmente nada que comprometa as pesquisas. Mas que tipo de transportadora esse povo chamou? Era melhor
ter chamado o homem da Granero.
Queria ter visto a cara do dono quando soube o que aconteceu.
Matéria – Folha Online



Escrito pela Alê Félix
3, novembro, 2002
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