Porra! Caralho! Até que enfim alguém aprendeu a fazer cinema nessa merda!
Não deixe de ver.



Escrito pela Alê Félix
1, novembro, 2002
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Ontem foi aniversário da minha mãe. Eu tenho uma família estranha. Uma mãe nascida no dia das bruxas, um pai atleta,
uma família pagã há pelo menos duas gerações, uma sogra nascida na véspera do dia das bruxas, um maridon que estuda
e trabalha para propagar o esperanto no planeta e um sobrinho que não tem nem um ano de idade e aprendeu a se
expressar antes de falar. Eu amo essa minha família!



Escrito pela Alê Félix
1, novembro, 2002
Comentários desativados em Minha adorável família
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Não pretendia colocar comentários….
Minha terapeuta-sensitiva-vidente achou que poderia ser bom para o meu problema com críticas. Então agora tem opção
para comentários. Mas eu dou as regras: para que o seu comentário não seja deletado ou rescrito a meu bel-prazer,
basta escrever coisas que não me desagradem. Pode até fazer propaganda do seu bloguinho que eu não me importo, mas
evite me contrariar.
Inté!



Escrito pela Alê Félix
30, outubro, 2002
Comentários desativados em Comentários: Aprendendo a lidar com gente.
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Virei VEGAN. Virei não. Porque
eu não viro nada. Estou vegan. E isso não é desculpinha furada pra mudar de idéia daqui a pouco e ficar com a
consciência tranqüila. Eu simplesmente sou assim. Se o saco encher, eu furo o saco e babau saco.



Escrito pela Alê Félix
29, outubro, 2002
Comentários desativados em Declaro que desde o dia 24/10 o único tipo de carne que eu pretendo consumir é carne humana crua.
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Sou casada há quase nove anos e ainda não tenho trinta. Acontece nas melhores famílias, não se surpreendam.
Na verdade, eu ainda acho, apesar dos anos, que meu caso com o maridon faz parte daquele roteiro de coisas que se
escolhe antes de nascer.
Já pensei e repensei várias possibilidades de caminhos que eu poderia ter tomado e, que possivelmente, não me
levariam ao seu encontro. Desisti. Para onde quer que eu fosse, o encontraria. Por onde quer que eu andasse ele
atravessaria meu percurso. Eu poderia estar apaixonada por outro, louca de amores por quem quer que fosse, ele
chegaria e eu teria que esquecê-los. Ok! “esquecê-los”, no plural, foi um ato falho de alguém que já foi galinha.
Fui. Fui, entendeu? Não sou mais. E ainda bem que fui, porque eu o conheci muito nova, roubaram meu carro, ele foi
comigo pra delegacia, eu tentei roubar o Alcatel, nunca consigo roubar nada, comprei um bar de reggae, sai da casa
dos meus pais e fomos morar juntos em cima do bar em um mês e alguns dias. Não importa. Eu tive que correr porque eu
sabia que ele chegaria cedo na minha vida. E quaisquer que fossem as escolhas, ele era a alternativa certa.
Não, eu não sou uma boba apaixonada que acredita em amor a primeira vista, destino e amor sem fim. Muito pelo
contrário. Mas tenho que admitir que esse é um daqueles casos que acontecem na vida da gente e que não da pra dizer
não. Acontece, a gente deixa acontecer, deixa ficar e ser o que tiver que ser. Nem sequer questionamos na hora, se é
o melhor a ser feito, sabe? A gente vai tocando, sorrindo, ignorando qualquer perigo.
Não importa se acaba, não interessa se faz sofrer, se faz chorar, se está junto ou separado.
Mesmo sendo meu amor e meu ódio, meu caos e meu céu, minha alegria e minha tristeza, mesmo me fazendo gozar e
chorar, comigo ou longe de mim, vai ser sempre meu. Um pedaço de mim, da minha vida, da minha carne. Uma espécie de
companhia definita que, creio eu, vou carregar na alma. Alguém que não consigo imaginar um dia me separar sem querer
continuar vendo o sorriso, sem saber da vida e do coração. Alguém que sempre será para sempre, mesmo que deixe de
ser.
Caralho! Como eu sou brega.



Escrito pela Alê Félix
29, outubro, 2002
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– Mudança foi a que fizeram na mulher do Lula, não?
– Nem me diga. Inacreditável! Mas eu ainda acho que ela chegou no cirurgião com a foto da Marta e pediu pra fazer
igual.
– Mas todas elas estão com a mesma cara. A mulher do vice tá seguindo a mesma linha.
– Será que foi no pacote? Tipo três por um.
– Quer saber? Mulher de político tem que ser como apresentadora de telejornal da globo, ou padroniza ou perde o
posto.
– Tem lógica. Mas ainda acho que isso é obra do Duda Mendonça.
– Qual é? Tá achando que esse cara é Deus?
– Ué. O cara bota quem ele quer no poder. Tá melhor que Deus! Teve um, que se candidatou a governador, jogou nas
mãos de Deus e se fodeu. Teria se dado melhor se tivesse jogado tudo nas mãos do Duda Mendonça. Vai dizer que não?
– É. Tem lógica.



Escrito pela Alê Félix
29, outubro, 2002
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Na época de escola, muitos alunos faziam hora em frente a entrada principal do colégio. Era o local predileto de
todos os que queriam a popularidade. Ficávamos conversando enquanto o portão não abria, depois que ele abria, na
hora da saída e sempre que havia gente o suficiente para se ficar por lá. Até que o Louquinho apareceu. O Louquinho
era um mendigo que ficava rodeando a escola e empurrando um carrinho de mão cheio de esterco de cavalo. Merda. Merda
pura. Ele gritava coisas pouco traduzíveis e sempre que pegava um dia de agito em frente ao portão, tascava bosta no
povo.
Tive uma crise de riso lembrando do Louquinho esses dias. Ah! Lembrei. Ele gritava… Melhor não dizer. Eu falo
palavrão mas não consigo escrevê-los sem um pouquinho de vergonha. E o que o Louquinho dizia eram palavrões bem
feios.
Era uma chuva de xingos e cocô de cavalo. Horrível eu sei. Mas lembrar daquele bando de arrumadinhos metidos a besta
(incluindo eu), correndo do Louquinho sempre que ele apontava na esquina com seu carrinho de merda, me fez bem.
Sempre tive medo de acabar os meus dias na Terra, velha, abandonada e mendiga. Ai lembrei do Louquinho. O que um ser
desses tem a perder? Nada. Absolutamente nada. Eles podem fazer o que quiserem. De forma geral, essas pessoas
parecem querer sossego, dificilmente você vê um deles amolando alguém. Exceto casos como o do Louquinho. Mas sabe o
que eu acho? Que o processo de se tornar um mendigo leva a figura a ser e a fazer, tudo aquilo que era impossível de
ser aceito se ele tivesse uma vida normal. Algo do tipo: Vou virar mendigo? Então tá. Não tomo mais banho, não troco
mais de roupa, vou falar palavrão a vontade, apavorar as pessoas na rua e fazer tudo o que eu sempre quis e nunca
tive coragem.
Decidi que se eu virar mendiga vou tascar pedras. Sempre tive vontade de andar com pedras no carro e arremessá-las
nos barbeiros, nas dondócas de fila dupla, nos pedestres suicidas, nas criancinhas que se enfiam embaixo do carro,
nas mães histéricas que acham que você atropelou o filho delas, nos perueiros sem noção, nos carrões 2.0 que querem
passar por cima dos 1.0, em 99% das mulheres que deram para o instrutor para conseguir habilitação… Pedras, pedras
para todos os lados. Se eu virar mendiga, arranjo um saquinho, encho de pedras e apuro minha mira.
Não sobrará pedra sobre pedra. Acho que até perdi o medo de virar mendiga.



Escrito pela Alê Félix
22, outubro, 2002
Comentários desativados em Se eu virar mendiga, vou tacar pedras.
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A opinião pública é imbecil.



Escrito pela Alê Félix
22, outubro, 2002
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